Apocalipse - Cap. 17: Capítulo 17 Pág. 134 / 180

Não dará a sua força a qualquer coisa nova, só a velhas e moribundas coisas. É o dragão vermelho e uma vez mais terá de ser morto por heróis, porque dos anjos já não podemos esperar nada.

E, de acordo com o antigo mito, a mulher é quem mais radicalmente cai em poder do dragão, e dele não pode escapar enquanto o homem a não libertar. O novo dragão é verde ou dourado, verde que tem o velho e vivo significado que Maomé lhe reencontrou, verde como aquela esverdeada luz do amanhecer que é quintessência de toda a nova luz geradora de vida. O amanhecer de toda a criação deu-se no diáfano e esverdeado cintilar que era o brilho da presença do próprio Criador. João de Patmos tem isto em atenção quando dá a cor verde do esmeraldino ou da esmeralda à íris ou ao arco-íris que oculta o rosto do Todo-Poderoso. E este bonito e esverdeado brilho de joia é o próprio dragão quando se enrosca e contorce ao mover-se no cosmo. É o poder do Kosmodynamos que serpenteia através do espaço, que serpenteia ao longo da espinha do homem, se ergue entre as suas sobrancelhas como Uréus entre as sobrancelhas do faraó. Confere esplendor ao homem, faz dele um rei, um herói, um homem corajoso reluzente com o brilho do dragão que é dourado quando se enrosca à volta de um homem.





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