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Capítulo 17: Capítulo 17

Página 135

E assim surge o Logos no princípio da nossa era para dar aos homens uma outra espécie de esplendor. E este mesmo Logos hoje é a cobra do mal de Laocoonte, que é a morte de todos nós. O Logos que era como o grande sopro verde da Primavera, e agora é a pardacenta e entorpecente mordidela de uma imensidade de pequenas serpentes. Temos agora de conquistar o Logos para o novo dragão de cintilante verde descer de entre as estrelas, nos vivificar e engrandecer.

Não há ninguém que as espirais do velho Logos apertem com mais severidade do que a mulher. Sempre assim foi. O que era sopro de inspiração, acabou por se transformar numa forma imóvel e má que se enrola e dá voltas como os panos de uma múmia. E por isto mesmo se encontra mais firmemente enrolada a mulher do que o homem. Hoje, a melhor parte da mulher está estreita e fortemente envolta pelas dobras do Logos; não tem corpo, é abstracta e impelida por uma auto-determinação terrível de contemplar. A mulher de hoje é uma estranha e «espiritual» criatura impelida incessantemente pelo mau demónio do velho Logos; que nem um só momento consegue fugir e ser ela própria. Diz o Logos maléfico que ela tem de ser «significante», da sua vida tem de fazer «algo que valha a pena».

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 135

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170