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Capítulo 24: Capítulo 24

Página 175
A democracia moderna é feita por milhões de partes em constante atrito e que afirmam, todas elas, a sua totalidade.

6. A longo prazo é fatal ter para o indivíduo um ideal que apenas diga respeito ao seu eu individual e que ignora o seu eu colectivo. Ter fé numa individualidade que nega a realidade da hierarquia, acaba por gerar mais anarquia. O homem democrático vive a força coesiva do «amor» e a força resistente da «liberdade» individual por coesão e resistência. Ceder por completo ao amor, seria a absorção que é a morte do indivíduo; porque o indivíduo deve, ele próprio, firmar-se ou deixar de ser «livre» e de ser indivíduo. Vemos, assim - e a nossa época provou-o atónita e consternada -, que o indivíduo não pode amar. O indivíduo não pode amar, tomemo-lo como axioma. E o homem, a mulher do nosso tempo não pode conceber-se a si próprio, a si própria, senão como indivíduo. E o indivíduo, no homem ou na mulher, está fadado a acabar por matar o amante que nele ou nela existe. Não que aconteça todo o homem matar aquilo que ama, mas afirmando a sua própria individualidade todo o homem mata o amante que há em si, tal como a mulher mata a amante que há em si. O cristão não se atreve a amar; porque o amor mata aquilo que é cristão, democrático e moderno - o indivíduo. O indivíduo não pode amar.

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Capa do livro Apocalipse
Páginas: 180
Página atual: 175

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 14
Capítulo 4 18
Capítulo 5 27
Capítulo 6 33
Capítulo 7 46
Capítulo 8 69
Capítulo 9 75
Capítulo 10 77
Capítulo 11 89
Capítulo 12 99
Capítulo 13 102
Capítulo 14 107
Capítulo 15 112
Capítulo 16 122
Capítulo 17 128
Capítulo 18 143
Capítulo 19 149
Capítulo 20 155
Capítulo 21 160
Capítulo 22 161
Capítulo 23 162
Capítulo 24 170