Apocalipse - Cap. 2: Capítulo 2 Pág. 9 / 180

Neste ponto a minha memória falha de repente, apaga deliberadamente as palavras seguintes: «o Fiel e o Verdadeiro». Desde criança odeio alegorias: pessoas com nomes que se limitam a enumerar qualidades, como o desta personagem do cavalo branco que se chama «Fiel e Verdadeiro». Pela mesma razão, nunca consegui ler o Pilgrim's Progrese, Ainda eu era rapazinho aprendi com Euclides que «o todo é maior do que as partes», e desde logo soube que o meu problema das alegorias estava resolvido. Um homem tem maior dimensão do que simples Felicidades e Verdades; e quando pessoas só personificam qualidades deixam, para mim, de ser pessoas. Embora na minha juventude eu adorasse Spencer e o seu Faerie Queene, havia nele alegorias que me custavam a engolir.

Quanto ao Apocalipse, desde a mais tenra infância antipatizo com ele. Em primeiro lugar, tem «esplendíferas» imagens mas detestáveis por completa falta de naturalidade. «E à vista do trono havia um como mar de vidro transparente, semelhante ao cristal; e no meio do trono, e ao derredor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás.

«E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um novilho, e o terceiro animal tinha o aspecto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando.





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