E a fleugma ou linfa do corpo era o cavalo de cor pálida: em excesso causava a morte seguida do Hades.
Consideremos, também, as quatro naturezas planetárias do homem: jupiteriana, marciana, saturnina e mercurial. Se formos um pouco além do significado latino e chegarmos ao seu mais antigo significado grego, levar-nos-á a outra correspondência. O Grande Júpiter é o sol e o sangue vivo: o cavalo branco e o irado Marte monta o cavalo vermelho; e Saturno é negro, obstinado, contumaz e melancólico; e na verdade Mercúrio é o Hermes, o Hermes do Mundo Subterrâneo, o guia das almas, o que monta guarda aos dois caminhos, o que abre as duas portas, o que anda numa busca errante através do inferno ou Hades.
Temos duas séries de correspondências, qualquer delas física. Coloquemos porém de lado os significados cósmicos porque a intenção aqui e mais física do que cósmica. Voltaremos a encontrar uma e outra vezes o cavalo branco como símbolo. Pois não se dá o caso de até Napoleão ter tido um? Os velhos significados controlam-nos os actos, mesmo depois de a nossa mente se ter feito inerte.
O cavaleiro do cavalo branco é, porém, coroado. É o eu real, o meu próprio eu, e o seu cavalo é todo o mana do homem.