(Calisto Elói, em perigo de rebentar, ri-se. Parte da Câmara ciciou-lhe um sio prolongado. Calisto acomoda-se e desconfia que a maior parte da Câmara é tola.)
O orador: — É que eu, Sr. presidente, muito adentro de alma sentia uns rebates de presságio. Locustas de excruciantíssimos tóxicos, que me estalavam empeçonhando esperanças, enleios, arroubos e dulcíssimas quimeras de ainda ver florejarem os agros da Pátria, estrelarem-se estes céus plúmbeos e rasgarem-se os horizontes à onda fecundante deste ubérrimo torrão. Doeu-me alma, choraram-me olhos, e compreendi a angústia virgiliana do hemistíquio: dulcia linquimus arva. (Muitos apoiados.)
Pois quê, Sr. presidente? Cansariam mágoas a quem se lhe antolhasse ter de ainda ouvir nesta casa voz de homem, de homem nado do ventre deste século, de homem que aqui entrou a verter no gazofilácio do templo do eterno Cristo da eterna liberdade, a dracma ou o talento, a mealha ou o tesouro de sua dedicação!