— Sem lágrimas!… — atalhou Ifigénia. — Então que é que diz Sá de Miranda?
— Na boca de um amante, que encontra a sua amada, põe estas palavras: «mulher santíssima». Quem disse mais neste mundo? Os seus poetas franceses disseram coisa mais peregrina?… E nesta mesma cena, poucas linhas abaixo, diz o amante a Fausta: «Sabes que sonho?» Que imenso amor devia de ser o de Antonioto, que assim perguntava à vida de sua alma: «Sabes que sonho?»
— Fausta!… é um nome lindo — disse a mimosa viúva.
— Se não existisse Ifigénia… — acudiu Calisto. — Já este nome me soava docemente quando, na minha mocidade, relia as angústias da filha de Agamemnão, cujo sacrifício o oráculo de Aulida demandava.
— Ah! também eu conheço essas angústias da tragédia de Racine.