Apocalipse - Cap. 18: Capítulo 18 Pág. 146 / 180

É este o estranho e fascinante estado de espírito dos grandes homens dos séculos V e VI a. c., revelador da velha mente simbólica. A religião já estava a tornar-se moralista ou extática, e a enfadonha ideia de «fugir à roda do nascimento» começara, com os órficos, a distrair os homens da vida. Porém, a primitiva ciência é uma fonte da mais velha e pura das religiões. Além, na Jónia, a mente humana retrocedia até à mais velha das religiosas concepções do cosmo para se começar a pensar, a partir dela, no cosmo científico. E o que mais desagradava aos mais antigos filósofos era esta nova forma de concepção religiosa com os seus arroubos, os seus êxtases e a sua natureza puramente pessoal: a sua perda do cosmo.

Deste modo, os primeiros filósofos recuperaram o cosmo sagrado e tripartido dos antigos. Tem um paralelo no Génesis, onde há a criação de Deus dividida em céu, terra e água; os três primeiros elementos criados que pressupõem um Deus criador. A antiga divisão tripla dos céus vivos, de origem caldaica, é feita no momento em que os próprios céus são divinos e apenas habitados por Deus.





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