A Queda de um Anjo - Cap. 29: Capítulo 29 Pág. 162 / 207

Chegado ao hotel, à hora mais de passeio, por fim da tarde, não encontrou Calisto, e foi demandá-lo nos lugares mais frequentados. Abeirou-se de um grupo de sujeitos, que inculcavam gente grave, e perguntou por Calisto Elói de Silos Benevides de Barbuda.

Esta pergunta coincidiu com o caso de estarem aqueles indivíduos aventando hipóteses sobre a formosa solitária, cujo ninho de folhas e flores apenas Calisto de Barbuda frequentava.

O ar provinciano de Brás fez crer aos curiosos que o homem, sendo patrício de Calisto, poderia esclarecê-los acerca da criatura misteriosa.

— Donde conhece vossemecê o Sr. Barbuda? — perguntou um.

— Conheço-o desde menino, que é da minha terra, e eu sou professor de instrução primária lá do concelho do Sr. morgado da Agra de Freimas.

— Então — volveu outro — há-de saber se a senhora que está com ele em Sintra é parenta dele, ou mulher ou amante.

— A mulher do Sr. morgado ficou em casa; parenta não me consta que ele tenha cá nenhuma. Isso há-de ser negócio de contrabando, penso eu. Fazem favor V. Exas. de me ensinarem o caminho da casa onde ele está?

Conduzido à espessa cancela de ferro, que estremava o jardim do caminho público, Brás Lobato puxou a campainha. Falou-lhe um criado de libré, o qual, perguntado se o Sr. morgado estava em casa, respondeu que naquela casa morava a viúva do general Ponce de Leão.





Os capítulos deste livro