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Capítulo 40: O almoço

Página 401

- Portanto, tem a sua casa montada - observou Château-Renaud. Um palácio nos Campos Elísios, criados, intendente... só lhe falta uma amante.

Albert sorriu. Pensava na bela grega que vira no camarote do conde no Teatro Vallo e no Teatro Argentina.

- Tenho melhor do que isso - respondeu Monte-Cristo. - Tenho uma escrava. Os senhores «alugam» as suas amantes no Teatro da ópera, no Teatro do Vaudeville, no Teatro das Variedades; eu comprei a minha em Constantinopla. Ficou-me mais cara, mas a esse respeito não tenho de me preocupar com mais nada.

- Esquece, porém - redarguiu Debray, rindo -, que nós somos, como disse o rei Carlos, francos de nome e francos por natureza; que ao pôr os pés em terra de França a sua escrava se tornou livre?

- Quem lho dirá? - perguntou Monte-Cristo.

- Ora essa, o primeiro que calhar!

- Ela só fala o romaico.

- Isso então é outra coisa.

- Mas vê-la-emos, ao menos? - perguntou Beauchamp. - Ou, assim como tem um mudo, também tem eunucos?

- Juro-lhes que não - respondeu Monte-Cristo. - Não levo o meu orientalismo tão longe. Todos os que me rodeiam são livres de me deixar, e deixando-me não precisarão mais de mim nem de ninguém. Talvez seja por isso que me não deixam...

Havia muito tempo que fora servida a sobremesa e tinham vindo os charutos.

- Meu caro - disse Debray, levantando-se -, são duas e meia, o seu convívio é muito agradável, mas não há boa companhia que se não deixe, às vezes até por uma má. Tenho de voltar ao ministério. Falarei do conde ao ministro, pois precisamos de saber quem ele é.

- Cuidado - observou Morcerf. - Até os mais espertos desistiram...

- Ora, temos três milhões para gastar com a nossa Polícia. É certo que são quase sempre gastos antecipadamente, mas não importa, ainda há-de haver uns cinquenta mil francos para gastar nisso.

- E quando souberem quem ele é dir-mo-á?

- Prometo-lhe. Adeus, Albert. Meus senhores, sou um vosso humílimo criado...

E depois de sair, gritou muito alto na antecâmara:

- Mande avançar!

- Bom - disse Beauchamp a Albert -, não vou à Câmara, mas tenho para oferecer aos meus leitores melhor do que um discurso do Sr. Danglars.

- Por favor, Beauchamp - pediu Morcerf -, nem uma palavra, suplico-lhe. Não me roube o mérito de o apresentar e explicar. Não é verdade que é curioso?

- E mais do que isso - respondeu Château-Renaud -, é realmente um dos homens mais extraordinários que já vi na minha vida. Vem, Morrel?

- É só o tempo de dar o meu cartão ao Sr. Conde, que desejo me prometa fazer-nos uma visitinha na Rua Meslay, 14.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 401

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069