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Capítulo 56: Andrea Cavalcanti

Página 555

«Junto uma ordem de pagamento de cinco mil libras sobre o Sr. M. Ferrea, banqueiro em Nice, e uma carta de apresentação para o Conde de Monte-Cristo, encarregado por mim de prover às suas necessidades. - Simbad, o Marinheiro.»

- Hum!... - resmungou o major. - É demasiado bom...

- Então não é?

- Viu o conde?

- Acabo de o deixar.

- E ele confirmou?

- Tudo.

- Compreende alguma coisa disso?

- Palavra que não.

- Anda aí um lorpa no meio de tudo isso...

- Em todo o caso, não é você nem eu, pois não?

- Não, claro.

- Sendo assim...

- Pouco nos importa, não é verdade?

- Era precisamente o que queria dizer. Vamos até ao fim e joguemos pelo seguro.

- Seja. Verá que sou digno de ser seu parceiro.

- Nunca duvidei um só instante, meu querido pai.

-Lisonjeia-me, meu querido filho.

Monte-Cristo escolheu este momento para entrar na sala.

Ao ouvirem o ruído dos seus passos, os dois homens lançaram-se nos braços um do outro. O conde encontrou-os abraçados.

- Então, Sr. Marquês - disse Monte-Cristo -, parece que encontrou um filho de acordo com o seu coração

- Ah, Sr. Conde, sufoco de alegria!

- E o senhor, meu rapaz?

- Ah, Sr. Conde, sufoco de felicidade!

- Feliz pai! Feliz filho! - sentenciou o conde.

- Só uma coisa me entristece - disse o major - a necessidade que tenho de deixar Paris com urgência.

- Mas, meu caro Sr. Cavalcanti - atalhou Monte-Cristo -, espero que não parta sem que o tenha apresentado a uns amigos...

- Estou às suas ordens, Sr. Conde - respondeu o major.

- E agora, meu rapaz, confesse-se.

- A quem?

- Mas ao senhor seu pai! Diga-lhe alguma coisa acerca do estado das suas finanças.

- Demónio, tocou-me na corda sensível! - exclamou Andrea.

- Ouviu, major? - perguntou Monte-Cristo.

- Claro que ouvi

- Pois sim, mas compreendeu?

- Maravilhosamente.

- Diz que precisa de dinheiro, o querido pequeno.

- E que quer que lhe faça?

- Que lho dê, ora essa!

- Eu?

- O senhor, sim.

Monte-Cristo passou entre os dois homens.

- Tome - disse a Andrea, metendo-lhe um maço de notas na mão.

- Que é isto?

- A resposta do seu pai

- Do meu pai?

- Sim. Não acaba de lhe dizer que precisava de dinheiro?

- Acabo, sim, e depois?

- E depois ele encarregou-me de lhe entregar isso.

- Por conta dos meus rendimentos?

- Não, para as suas despesas de instalação.

- Oh, querido pai!

- Silêncio! - ordenou Monte-Cristo. - Bem vê que não quer que se saiba que foi ele quem lhe deu o dinheiro.

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pág. 555 (Capítulo 56)

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 555

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069