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Capítulo 73: A promessa

Página 688
Oh, juro-te que em vez do desespero que nos espera é a felicidade que te prometo!

- Repara, Maximilien, repara como é grande a tua influência sobre mim... Quase me fazes acreditar no que me dizes, e no entanto o que me dizes é insensato, pois o meu pai amaldiçoar-me-á. Conheço-lhe o coração inflexível e sei que nunca me perdoará. Por isso, escuta-me, Maximilien: se por artifício, por súplica ou por acidente, sei lá... Se, enfim, por qualquer meio conseguir adiar o casamento, esperarás por mim?

- Esperarei, juro-o, desde que me jures também que esse horrível casamento se não realizará e que, ainda que te arrastem perante o magistrado, perante o padre, dirás não.

- Juro-te, Maximilien, pelo que tenho de mais sagrado no mundo, pela memória da minha mãe!

- Esperemos então - disse Morrel.

- Sim, esperemos - repetiu Valentine, que respirou ao ouvir esta palavra. - Há tantas coisas que podem salvar infelizes como nós.

- Confio em ti, Valentine - acrescentou Morrel. - Tudo o que fizeres estará bem feito. No entanto, se não fizerem caso das tuas súplicas, se o teu pai e a Sr.ª de Saint-Méran exigirem que o Sr. Franz de Epinay seja chamado amanhã para assinar o contrato...

- Nesse caso, tens a minha palavra, Morrel.

- Em vez de assinares...

- Virei ter contigo e fugiremos. Mas entretanto não tentemos Deus, Morrel; não nos vejamos. É um milagre que ainda não nos tenham surpreendido, uma graça da Providência. Se nos surpreendessem, se soubessem como nos encontramos, estariatudo perdido.

- Tens razão, Valentine. Mas como saber...

- Pelo notário, o Sr. Deschamps.

- Conheço-o.

- E por mim mesma. Escrever-te-ei, acredita. Meu Deus, este casamento Maximilien, é-me tão odioso como a ti!

- Ainda bem, ainda bem! Obrigado, minha Valentine. Adorada - disse Morrel. - Está tudo combinado, então: assim que souber a hora, correrei para aqui, transporás este muro nos meus braços, o que não será difícil, uma carruagem esperar-te-á à porta da cerca, subirás para ela comigo e levar-te-ei para casa da minha irmã. Lá, incógnitos, se quiseres, ou abertamente, se o desejares, teremos a consciência da nossa força e da nossa vontade e não nos deixaremos degolar como o cordeiro que só se defende com os seus balidos.

- Seja - concordou Valentine. - Por minha vez, digo-te: Maximilien, o que fizeres estará bem feito.

- Oh!...

- Então, estás contente com a tua mulher? - perguntou tristemente a jovem.

- Minha Valentine adorada, é bem pouco dizer que sim.

- Diz sempre.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 688

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069