- Vi - respondeu o conde. - Mas nota alguma coisa de especial no seu olhar?
- Creio bem que sim. Que quer ele dizer com as suas notícias da Grécia?
- Como quer que saiba?
- Porque, segundo presumo, o senhor tem entendimentos no país.
Monte-Cristo sorriu como sorriem sempre as pessoas quando querem dispensar-se de responder.
- Olhe - disse Albert -, aí vem ele ter consigo. Enquanto felicito Mademoiselle Danglars pelo seu camafeu, o pai terá tempo de falar com o senhor...
- Se a vai felicitar, felicite-a ao menos pela sua voz - aconselhou Monte-Cristo.
- Não, isso seria o que faria toda a gente.
- Meu caro visconde - disse Monte-Cristo -, o senhor tem a fatuidade da impertinência.
Albert aproximou-se de Eugénie com o sorriso nos lábios.
Entretanto, Danglars inclinou-se ao ouvido do conde.
- O senhor deu-me um excelente conselho - cochichou. Existe uma história horrível relacionada com estes dois nomes: Fernand e Janina.
- Ah, sim?!...
- Sim. Depois lhe conto. Agora leve daqui o rapaz. Ficaria muito embaraçado se tivesse de falar neste momento com ele.
- É o que vou fazer: levá-lo comigo. Ainda é preciso mandar-lhe o pai?
- Agora, mais do que nunca.
- Está bem.
O conde fez um sinal a Albert.
Ambos cumprimentaram as senhoras e saíram. Albert, com um ar perfeitamente indiferente para com os desdéns de Mademoiselle Danglars; Monte-Cristo, reiterando à Sr.ª Danglars os seus conselhos a respeito da prudência que deve ter a mulher de um banqueiro quanto a assegurar o seu futuro.
O Sr. Cavalcanti ficou senhor do campo de batalha.