- Sempre casa com Mademoiselle Danglars?
- A que propósito me pergunta isso neste momento, Beauchamp?
- Porque, no meu espírito, o rompimento ou a realização desse casamento relaciona-se com o assunto que nos ocupa neste momento.
- Como?... - disse Albert, cuja testa se ruborizou. - Parece-lhe que o Sr. Danglars...
- Pergunto-lhe apenas em que pé está o seu casamento. Que diabo, não veja nas minhas palavras aquilo que não querem dizer nem lhos dê mais alcance do que têm!
- Não, o casamento foi desfeito - respondeu Albert.
- Muito bem - disse Beauchamp.
Depois, vendo que o rapaz ia recair na sua melancolia, disse-lhe:
- Se quer um conselho, Albert, acho melhor sairmos. Uma volta pelo bosque, de fáeton ou a cavalo, distraí-lo-á. Depois, iremos tomar o pequeno-almoço a qualquer parte e cada um irá à sua vida.
- Pois sim - concordou Albert. - Mas saiamos a pé, parece-me que um pouco de fadiga me fará bem.
- Seja - disse Beauchamp.
E os dois amigos saíram a pé e seguiram pelo bulevar.
Chegados à Madalena, disse Beauchamp:
- Já que estamos em caminho, vamos visitar o Sr. de Monte-Cristo. Ele o distrairá. É um homem admirável a desanuviar os espíritos e nunca faz perguntas. Ora, na minha opinião, as pessoas que não fazem perguntas são os mais hábeis animadores.
- Seja - disse Albert. - Vamos a sua casa. Gosto dele.