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Capítulo 90: O duelo

Página 861

- Oh, esteja tranquilo! Morrel dirigiu-se para Beauchamp e Château-Renaud. Estes, ao verem aproximar-se Maximilien, deram alguns passos ao seu encontro.

Os três jovens cumprimentaram-se, se não com afabilidade, pelo menos com cortesia.

- Perdão, meus senhores, mas não vejo o Sr. de Morcerf - observou Morrel.

- Mandou-nos avisar esta manhã de que se nos juntaria apenas aqui - respondeu Château-Renaud.

- Ah! - exclamou Morrel.

Beauchamp puxou do relógio.

- Oito e cinco; o atraso não é grande, Sr. Morrel - disse.

- Oh, não foi com essa intenção que falei! – respondeu Maximilien.

- De resto - interveio Château-Renaud -, vem aí uma carruagem.

Com efeito, uma carruagem avançava a galope por uma das avenidas que desembocavam no cruzamento onde se encontravam.

- Suponho, meus senhores - disse Morrel -, que vieram munidos de pistolas. O Sr. Conde de Monte-Cristo declara renunciar ao direito de se servir das suas.

- Previmos essa delicadeza da parte do conde, Sr. Morrel respondeu Beauchamp -, e trouxe armas que comprei há oito ou dez dias julgando que me seriam necessárias num caso idêntico. Estão absolutamente novas e ninguém se serviu ainda delas. Quer vê-las?

- Sr. Beauchamp - redarguiu Morrel, inclinando-se -, uma vez que me garante que o Sr. de Morcerf não conhece essas armas, não acha que a sua palavra me basta?

- Meus senhores - disse Château-Renaud -, não é Morcerf que vem naquela carruagem, são, se não me engano... Franz e Debray.

Com efeito, os dois jovens anunciados aproximavam-se.

- Por aqui, meus senhores? - estranhou Château-Renaud, trocando com cada um o seu aperto de mão. - Por que acaso...

- Estamos aqui - atalhou Debray - porque Albert nos mandou pedir esta manha que viéssemos.

Beauchamp e Château-Renaud entreolharam-se atónitos.

- Meus senhores, creio compreender - interveio Morrel.

- Sim?...

- Ontem à tarde recebi uma carta do Sr. de Morcerf pedindo-me que fosse à ópera.

- E eu também - disse Debray.

- E eu - secundou-o Franz.

- E nós também - disseram Château-Renaud e Beauchamp.

- Queria que estivessem presentes quando da provocação – disse Morrel - e quer que assistam ao duelo.

- Sim, deve ser isso, Sr. Maximilien - admitiram os jovens. - É muito provável que tenha acertado.

- Mas o caso é que Albert não aparece - murmurou Château-Renaud. - Já está atrasado dez minutos.

- Ele aí está! - anunciou Beauchamp. - E a cavalo... Vejam, vem a galope seguido do criado.

- Que imprudência vir a cavalo para se bater à pistola! - exclamou Chateau-Renaud - E eu que lhe ensinei tão bem a lição!...

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 861

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069