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Capítulo 104: A assinatura de Danglars

Página 968

- Ora vejam que escrúpulos! - exclamou Danglars.

- Mandei registar ontem a escritura de doação.

- Quanto possuíam?

- Oh, pouca coisa! Entre um milhão e duzentos mil e um milhão e trezentos mil francos. Mas voltemos aos nossos milhões...

- Pois sim - respondeu Danglars com a maior naturalidade deste mundo.

- Tem portanto urgência desse dinheiro?

- Claro que tenho; a verificação das nossas caixas é feita amanhã.

- Amanhã? Porque não disse logo isso? Mas é um século, amanhã! A que horas é a verificação?

- Às duas horas.

- Mande buscar o dinheiro ao meio-dia - sugeriu Danglars, com um sorriso.

O Sr. de Boville não dizia sim, nem não; acenava afirmativamente com a cabeça e agitava a pasta.

- Oh, tenho uma ideia! - exclamou Danglars. - Faça melhor...

- Que quer que eu faça? - O recibo do Sr. de Monte-Cristo vale dinheiro; apresente-o a Rothschild ou a Laffitte; aceitá-lo-ão imediatamente.

- Apesar de ser reembolsável em Roma? - Claro. Isso custar-lhe-á apenas um desconto de cinco a seis mil francos.

O recebedor recuou de um salto

- Oh, assim não! Prefiro esperar para amanhã. O senhor tem cada sugestão!

- Por um momento julguei... desculpe - disse Danglars com a maior impudência -, julguei que tivesse um deficezinho a cobrir...

- Oh! - exclamou o recebedor.

- Já tem acontecido, e nesse caso faz-se um sacrifício...

- Valha-me Deus, não! - redarguiu o Sr. de Boville.

- Então, amanhã, não é verdade, meu caro recebedor?

- Sim, amanhã. Mas sem falta.

- Ora essa! Está a brincar comigo? Mande buscar o dinheiro ao meio-dia e o banco estará prevenido.

- Virei eu próprio.

- Melhor ainda, pois isso proporcionar-me-á o prazer de o ver.

Apertaram a mão.

- A propósito - disse o Sr de Boville -, não vai ao funeral da pobre Mademoiselle de Villefort, que encontrei no bulevar?

- Não - respondeu o banqueiro. - Sinto-me ainda um pouco ridículo depois do caso de Benedetto e não quero dar nas vistas.

- Ora, ora, deixe-se disso! Que culpa tem o senhor do que aconteceu?

- Ouça, meu caro recebedor: quando se tem um nome sem mácula como o meu, é-se susceptível.

- Toda a gente o lamenta, garanto-lhe, e sobretudo toda a gente lamenta a menina sua filha.

- Pobre Eugénie! - exclamou Danglars com um profundo suspiro.

- Sabe que resolveu professar?

- Não...

- Pois infelizmente é verdade. No dia seguinte ao que aconteceu, decidiu partir com uma religiosa sua amiga. Foi procurar um convento bastante severo em Itália ou em Espanha.

- Oh, isso é terrível!

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 968

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069