O Conde de Monte Cristo - Cap. 37: As Catacumbas de São Sebastião Pág. 360 / 1080

- Li. Bem vejo: Se alle sei della mattina le quattro mile piastre non sono nelle mie mani, alla sette il conte Alberto avia cessato divivere.

LUIGI VAMPA

- Que diz a isso? - perguntou Franz.

- Tem a importância que lhe pedem?

- Tenho, menos oitocentas piastras.

O conde dirigiu-se à sua escrivaninha, abriu-a e puxou uma gaveta cheia de ouro:

- Espero - disse a Franz - que me não faça a injúria de se dirigir a outro em vez de a mim.

- Bem vê que, pelo contrário, vim direito ao senhor - respondeu Franz.

- Agradeço-lhe. Tome.

E fez sinal a Franz para que se servisse do dinheiro que estava na gaveta.

- É de facto necessário mandar essa importância a Luigi Vampa? -perguntou o rapaz, olhando por seu turno fixamente para o conde.

- Demónio! - exclamou este. - Julgue por si mesmo. O post-scriptum é claro.

- Parece-me que se o senhor se desse ao incómodo de procurar, encontraria algum meio capaz de simplificar muito a negociação- observou Franz.

- Qual? - perguntou o conde, atónito.

- Por exemplo, se fôssemos procurar Luigi Vampa juntos, estou certo de que não nos recusaria a libertação de Albert.

- A mim? Que influência julga que tenho sobre esse bandido?

- Não acaba de lhe prestar um desses serviços que se não esquecem?

- Qual?

- Não acaba de salvar a vida a Peppino?

- Ah, ah! .. Quem lhe disse isso?

- Que importa? Sei-o O conde ficou um instante calado e de sobrolho franzido.

- Se eu fosse procurar Vampa acompanhar-me-ia?

- Se a minha, companhia lhe não for muito desagradável.

- Pois seja. O tempo está bom e um passeio pelos campos de Roma só nos pode fazer bem.

- E preciso levar armas?

- Para quê?

- Dinheiro?

- É inútil. Onde está o homem que trouxe esse bilhete?

- Na rua.

- Espera a resposta?

- Espera.

- Precisamos de saber mais ou menos aonde vamos. Vou chamá-lo.

- Inútil, ele não quis subir.

- Ao seu quarto, talvez; mas ao meu, não levantará obstáculos.

O conde foi à janela do gabinete, que dava para a rua, e assobiou de certa forma. O homem da capa afastou-se da parede e avançou até ao meio da rua.

- Salite! - disse o conde, no tom em que daria uma ordem aum criado.

O mensageiro obedeceu sem demora nem hesitação, com pressa até, galgou os quatro degraus do pórtico e entrou no hotel.

Cinco segundos depois estava à porta do gabinete.

- Ah, és tu, Peppino! - disse o conde.

Mas Pepino, em vez de responder, caiu de joelhos, pegou na mão do conde e beijou-a repetidas vezes.





Os capítulos deste livro

Marselha - A Chegada 1 O pai e o filho 8 Os Catalães 14 A Conspiração 23 O banquete de noivado 28 O substituto do Procurador Régio 38 O interrogatório 47 O Castelo de If 57 A festa de noivado 66 Os Cem Dias 89 O número 34 e o número 27 106 Um sábio italiano 120 A cela do abade 128 O Tesouro 143 O terceiro ataque 153 O cemitério do Castelo de If 162 A Ilha de Tiboulen 167 Os contrabandistas 178 A ilha de Monte-Cristo 185 Deslumbramento 192 O desconhecido 200 A Estalagem da Ponte do Gard 206 O relato 217 Os registos das prisões 228 Acasa Morrel 233 O 5 de Stembro 244 Itália - Simbad, o marinheiro 257 Despertar 278 Bandidos Romanos 283 Aparição 309 A Mazzolata 327 O Carnaval de Roma 340 As Catacumbas de São Sebastião 356 O encontro 369 Os convivas 375 O almoço 392 A apresentação 403 O Sr. Bertuccio 415 A Casa de Auteuil 419 A vendetta 425 A chuva de sangue 444 O crédito ilimitado 454 A parelha pigarça 464 Ideologia 474 Haydée 484 A família Morrel 488 Píramo e Tisbe 496 Toxicologia 505 Roberto, o diabo 519 A alta e a baixa 531 O major Cavalcanti 540 Andrea Cavalcanti 548 O campo de Luzerna 557 O Sr. Noirtier de Villefort 566 O testamento 573 O telégrafo 580 Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588 Os fantasmas 596 O jantar 604 O mendigo 613 Cena conjugal 620 Projetos de casamento 629 No gabinete do Procurador Régio 637 Um baile de Verão 647 As informações 653 O baile 661 O pão e o sal 668 A Sra. de Saint-Méran 672 A promessa 682 O jazigo da família Villefort 705 A ata da sessão 713 Os progressos de Cavalcanti filho 723 Haydée 732 Escrevem-nos de Janina 748 A limonada 762 A acusação 771 O quarto do padeiro reformado 776 O assalto 790 A mão de Deus 801 Beauchamp 806 A viagem 812 O julgamento 822 A provocação 834 O insulto 840 A Noite 848 O duelo 855 A mãe e o filho 865 O suicídio 871 Valentine 879 A confissão 885 O pai e a filha 895 O contrato 903 A estrada da Bélgica 912 A estalagem do sino e da garrafa 917 A lei 928 A aparição 937 Locusta 943 Valentine 948 Maximilien 953 A assinatura de Danglars 961 O Cemitério do Père-lachaise 970 A partilha 981 O covil dos leões 994 O juiz 1001 No tribunal 1009 O libelo acusatório 1014 Expiação 1021 A partida 1028 O passado 1039 Peppino 1049 A ementa de Luigi Vampa 1058 O Perdão 1064 O 5 de Outubro 1069