Os Brilhantes do Brasileiro - Cap. 12: XII - A Fuga Pág. 62 / 174

Passou avante de Ângela, e disse a D. Beatriz:

- A sobrinha de vossa excelência está ali. Que ordena?

- Abram-lhe uma porta de dentro; que não passe diante dos meus olhos, e que fique esta noite aqui por caridade. Começou como Maria d’Antas; provavelmente acabará como ela. Tal mãe, tal filha.

E, vociferando assim, sacudia umas calmandulas de azeviche que tinha penduradas no pulso.

A gente, que a rodeava, repetiu com tom de piedade:

- Tal mãe, tal filha!...

E Ângela escutara aquilo, amparando-se nos braços de Vitorina.

E esta mulher sentia-se transida de horror, porque só ela e Simão de Noronha sabiam que morrer havia sido o de D. Maria d’Antas. Ela tinha sido quem conduzira a Viana a criancinha de dois anos; e nunca o terrível segredo lhe fora arrancado pelas suspeitosas indagações de Ângela.

Recolhida ao seu quarto, a pávida menina rompeu em soluços abafados no seio da criada.





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