O Mistério da Estrada de Sintra - Cap. 6: CAPÍTULO V Pág. 29 / 245

- Pois bem, ontem uma pessoa, que casualmente não podia sair de casa, pediu-me que viesse ver se o encontrava…

Nós esperávamos, petrificados, o fim daquelas confissões.

- Encontrei-o morto ao chegar aqui. Na mão tinha este papel.

E tirou do bolso meia folha de papel de carta, dobrada.

- Leia, disse ele ao mascarado.

Este aproximou o papel da luz, deu um grito, caiu sobre uma cadeira com os braços pendentes, os olhos cerrados.

Ergui o papel, li:

I declare that I have killed myself with opium.

(Declaro que me matei com ópio).

Fiquei petrificado.

O mascarado dizia com a voz absorta como num sonho:

- Não é possível. Mas é a letra dele, é! Ah! que mistério, que mistério!

Vinha a amanhecer.

Sinto-me fatigado de escrever. Quero aclarar as minhas recordações. Até amanhã.





Os capítulos deste livro