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Capítulo 19: CAPÍTULO VII

Página 113
CAPÍTULO VII

No dia seguinte chegámos a Malta. Era de noite, não havia estrelas. A água da baía estava imóvel e negra. Via-se em frente La Valete, elevada como uma colina, altiva como um castelo, pespontada de luzes. Em redor do paquete as gondolas corriam silenciosamente tendo à popa, esguia e alta, uma lanterna pendente. Havia um grande silêncio, uma suavidade inefável. Os gondoleiros remavam calados. Aquilo era doce e regular. Sentia-se o mistério italiano e a polícia inglesa.

Desembarcámos: fomos para Clarence Hotel, na Strada-Reale, em frente da célebre igreja de S. João. Ritmel hospedou-se em casa dos oficiais ingleses. D. Nicazio e Carmen vieram para Clarence-Hotel, também. Os três primeiros dias em Malta foram ocupados em percorrer os monumentos: o palácio dos grã-mestres, os palácios chamados Estalagens, e que eram pertencentes às diferentes nacionalidades da ordem, as grandes ruas brancas, com elevadas e altivas casas no gosto da Renascença, e os arredores de Malta, Cita-Vechia, Bengama, Boscheto, e a ilha de Calipso, que tem tantos encantos em Homero e que é um rochedo húmido, cheio de cavernas tenebrosas. Desde o primeiro dia, Ritmel e alguns oficiais iam jantar a Clarence-Hotel. A condessa comia sempre nos seus quartos. O ruido, a petulância da mesa, era Carmen. Deixara-

se logo seguir sempre por um rapaz francês, espirituoso e ligeiro, louro e ardente, um Mr. Perni, viajante por tédio, dizia ele.

Carmen não se aproximava de Ritmel. Havia entre eles como uma separação combinada e discreta. Ritmel, pelo contrário, não se afastava de nós em todas as excursões ao campo, às fortificações, à baía; todas as noites nos acompanhava ao teatro. O conde tinha ficado logo cativado das grandes tranças louras de uma rapariga que nós víamos sempre na 1.

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pág. 113 (Capítulo 19)

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Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 113

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240