Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 20: CAPÍTULO VIII

Página 118
CAPÍTULO VIII

No outro dia às seis da manhã fui a casa de Ritmel. A condessa havia estado durante a noite sob o domínio de uma extrema agitação nervosa, mas não queria renunciar ao passeio de Gozzo. Encontrei Lord Grenlei com Ritmel, tomando chá.

Pareceu-me pela fadiga das suas fisionomias, que se não tinham deitado: lord Grenlei decerto que não, porque estava de casaca, como na véspera, e tinha ainda na boutonnière um jasmim do Cabo, murcho e amarelado.

- Bonita madrugada! disse Ritmel.

Tinham aberto a janela, o ar fresco entrava; nas árvores do jardim cantavam os pássaros.

- Adorável! disse eu. A condessa esteve toda a noite doente, mas não se transtorna o passeio… Outra coisa: tem um revolver, Ritmel?

- Para quê?

- Disseram-me que era muito curioso atirar aos pássaros que se escondem nas cavernas, em Gozzo. há um eco excêntrico. Precisamos de uma arma.

Ritmel deu-me um pequeno revolver marchetado.

- Leve-o: eu tenho as algibeiras cheias da álbuns e de canetas para tirar desenhos… Ah! Sabe que este Grenlei não vai?

- Porquê? como assim, milorde?

- Um jantar oficial com o governador disse Lord Grenlei, é horrível.

Tenho uma pena imensa…

Ás sete horas fomos buscar a condessa. O marido acompanhou-nos até o cais Marsa-Muscheto.

Notei ao entrar no yacht que a equipagem estava aumentada e havia um piloto árabe.

Largámos com um vento fresco, às oito horas da manhã; as gaivotas voavam em roda das velas, as casas brancas de La Valete tinham uma cor rosada, ouviam-se as músicas militares, o céu estava de uma pureza encantadora.

A condessa, um pouco excitada, olhava com uma alegria avida, para o vasto mar azul, livre, infinito, coberto de luz.

- O que são as mulheres! pensava eu. Esta, tão altiva e tão discreta, está encantada por se ver só, com rapazes, num yacht, no alto mar.

<< Página Anterior

pág. 118 (Capítulo 20)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 118

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240