— Mas apareceu como? E de onde?
— Do sitio de onde eles vêm! Limitou-se a aparecer e a ficar por ali. Mas não se aproximou tanto como ele.
— E não fez qualquer tentativa nesse sentido?
— Oh, garanto-lhe que, em termos de efeito final, era como se estivesse tão perto de nós como a senhora está agora de mim!
Obedecendo a um impulso estranho, a minha amiga recuou um passo.
— Já alguma vez vira essa pessoa?
— Não, de maneira nenhuma. Mas a garota sim. E a senhora também.
— Depois, para lhe provar a certeza do meu raciocínio, acrescentei: — A preceptora que me antecedeu... aquela que acabou por falecer.
— Miss Jessel?
— Sim, Miss Jessel. Não acredita no que lhe digo? — insisti.
Perturbada, a mulher não parava de olhar de um lado para o outro.
— Como é que pode estar assim tão certa?
Sentia-me de tal forma nervosa, que acabei por mostrar-me impaciente.
— Se não acredita, pergunte à Flora. Aposto que ela tem a certeza. — Contudo, bastou-me pronunciar estas palavras para de pronto me recompor. — Não, por amor de Deus, não faça isso. Ela vai responder dizendo que não viu coisa nenhuma. Vai acabar por mentir!
