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Capítulo 94: A confissão

Página 886

- A sua filha?! - exclamou Avrigny, fulminado de dor e surpresa.

- Como vê, estava enganado - murmurou o magistrado. - Venha vê-la e peça-lhe perdão no seu leito de dor por ter desconfiado dela.

- Todas as vezes que me chamou era demasiado tarde - observou o Sr. de Avrigny. - Mas não importa, vamos. No entanto, apressemo-nos, senhor, pois com os inimigos que atacam em sua casa não há tempo a perder.

- Oh, desta vez, doutor, não me censurará mais a minha fraqueza! Desta vez saberei quem é o assassino e castigá-lo-ei

- Tentemos salvar a vitima antes de pensarmos em a vingar - redarguiu Avrigny. - Venha.

E o cabriolé que trouxera Villefort levou-o a galope, acompanhado de Avrigny, no preciso instante em que pela sua parte Morrel batia à porta de Monte-Cristo.

O conde estava no seu gabinete e lia, muito preocupado, um bilhete que Bertuccio acabava de lhe enviar à pressa.

Ao ouvir anunciar Morrel, que o deixara havia apenas duas horas, o conde levantou a cabeça.

Tinham decerto acontecido muitas coisas naquelas duas horas, pois o jovem que o deixara de sorriso nos lábios trazia o rosto transtornado.

O conde levantou-se e foi ao encontro de Morrel.

- Que aconteceu, Maximilien? - perguntou-lhe. - Está pálido e tem a testa coberta de suor...

Morrel mais se deixou cair do que se sentou numa poltrona.

- Sim, vim depressa porque necessitava de lhe falar - disse por mim.

- Estão todos bem na sua família? - perguntou o conde, num tom de interesse afectuoso, cuja sinceridade não enganaria ninguém.

- Obrigado, conde, obrigado - respondeu o rapaz, visivelmente embaraçado para começar a conversa. - Sim, na minha família estão todos bem.

- Tanto melhor. No entanto, tem alguma coisa a dizer-me? - insistiu o conde, cada vez mais inquieto.

- Tenho - respondeu Morrel. - A verdade é que acabo de sair de uma casa onde a morte acabava de entrar e só tive tempo decorrer para aqui.

- Vem portanto de casa do Sr. de Morcerf? - perguntou Monte-Cristo.

- Não - respondeu Morrel. - Morreu alguém em casa do Sr. de Morcerf?

- O general acaba de se suicidar - respondeu Monte-Cristo.

- Oh, que horrível desgraça! - exclamou Maximilien.

- Mas não para a condessa nem para Albert - observou Monte-Cristo. - Mais vale um pai e um marido mortos do que um pai e um marido desonrados. Sangue lava a desonra.

- Pobre condessa! - disse Maximilien. - É ela quem mais lamento. Uma mulher tão nobre!

- Lamente também Albert, Maximilien, porque, acredite, é digno filho da condessa. Mas voltemos ao que o traz por cá. Correu para aqui, disse-me. Terei a sorte de precisar de mim?

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 886

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069