E, quinze dias depois, o brasileiro, chorado e lamentado dos amigos, embarcava em um dos seus navios, aproando às praias de Santa Cruz, onde, dizia ele, ia esconder a sua vergonha, associando à sua angústia a franduna rapagoa, Rosa Catraia, que se lhe encostava ao coração, enjoada com o balanço da galera!
A colônia de brasileiros portuenses longo tempo chorou a sorte dura de Fialho. Ali, na Praça-nova e no Jardim de S. Lázaro, se apinhavam os magotes daquele gentio a escoucear na honra de Ângela. Enquanto uns diziam que ela passara a abarregar-se com o incógnito amante, outros asseveravam ter exatas informações de que a tal fidalga da Cascos-de-rôlhas cedo poria em almoeda a sua beleza. E os homens honestos do Porto jungiam-se na maledicência com a vara de javardos que retoiçavam e foçavam na infâmia uns dos outros. E sobre aquela gente chovia, e chove Deus toda casta de prosperidades! E a providência ter-lhe-á dado quanto tem e pode no dia em que enviar sobre ela uma nova chuva.