Calafrio - Cap. 25: Capítulo 25 Pág. 164 / 164

— Mas que interesse poderá ter isso agora, meu querido? Que interesse teve ele sempre? Sou eu que o tenho e ele perdeu-o para sempre! — Depois, como numa demonstração do meu sucesso: — Veja, veja!

Contudo, quando o rapaz se virou e olhou fixamente, nada mais viu para além da calma luz do dia. Com o golpe da perda de cuja responsabilidade me orgulhava, ele soltou o grito de uma criatura lançada sobre o abismo, e agarrei-o como que para evitar que nele caísse. E agarrei-o, sim, segurei-o — não é difícil de imaginar com que paixão o fiz. Mas, passado um minuto, comecei a perceber o que tinha entre mãos. Estávamos sozinhos no silêncio da sala e o seu pequeno coração, despojado do que o possuíra, parara de bater.





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