Um Caso Tenebroso - Cap. 7: VII - A VISITA DOMICILIARIA Pág. 71 / 249

Finalmente. como informação, pôs Corentin ao corrente da personagem inexplicável de Michu, vigiado havia já três anos. A ideia de Corentin era a do seu chefe:

- Malin conhece a conspiração... Mas quem sabe - disse consigo mesmo - se Fouché não estará lá também metido?

Corentin partiu para Troyes antes de Malin; entendera-se com o comandante' da gendarmaria e escolhera os homens mais inteligentes, dando-lhes por chefe um capitão habilíssimo. Corentin marcou o castelo de Gondreville para local de encontro a esse capitão, dizendo-lhe que mandasse colocar à noite, em quatro pontos diferentes do vale de Cinq-Cygne e muito distantes uns dos outros, para não chamarem a atenção, piquetes de doze homens. Estes quatro piquetes deviam descrever um quadrado e fechá-lo em volta do castelo de Cinq-Cygne. Deixando-o livre no castelo durante a sua consulta a Grévin, Malin permitira a Corentin que cumprisse uma parte da sua missão. No seu regresso do parque, o conselheiro de Estado dissera tão positivamente a Corentin que os Simeuse e os Hauteserre se encontravam na região, que os dois agentes expediram o capitão, que, felizmente para os gentis-homens, atravessou a floresta pela avenida, enquanto Michu embriagava o seu espião Violette. O conselheiro de Estado principiara por explicar a Peyrade e a Corentin a armadilha a que acabava de escapar. Os dois parisienses contaram-lhe então o episódio da carabina, e Grévin enviou Violette para obter informações sobre o que se passava no pavilhão. Corentin disse ao notário que levasse, para maior segurança, o seu amigo conselheiro de Estado a passar a noite em Arcis, na sua própria casa. Na altura em que Michu entrava na floresta e corria a Cinq-Cygne, Peyrade e Corentin partiam para Gondreville num péssimo cabriolet de verga, tirado por um cavalo de posta e guiado pelo brigadeiro de Arcis, um dos homens mais manhosos da legião, que o comandante de Troyes lhes recomendara levasse consigo.





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