XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV VIOLETTE tratou de informar imediatamente Grévin do seu encontro com Laurence e a fuga da jovem, cujo carácter profundo e decidido era bem conhecido de todos.
- Estava de atalaia - disse Violette.
- Será possível que tenham sido os jovens de Cinq-Cygne, quem fez o assalto? - exclamou Grévin.
- Como? Então o senhor não reconheceu o trangalhadanças do Michu? Foi ele que se atirou a mim! Eu bem lhe senti a força. Aliás, os cinco cavalos eram, sem dúvida nenhuma, os de Cinq-Cygne,
Ao ver a marca das ferraduras dos cavalos no saibro da rotunda e no parque. o notário deixou o guarda-campestre de atalaia àquelas preciosas insígnias, e mandou Violette chamar o juiz de paz de Arcis, para tomar conhecimento delas. Depois, regressou prontamente ao salão de Gondreville onde estavam a chegar o tenente e o alferes de gendarmaria imperial, acompanhados de quatro homens e de um brigadeiro. Esse tenente; como já o adivinharam, era o brigadeiro a quem dois anos antes Francisco esmurrara a " cabeça e ao qual Corentin dera então a conhecer o seu malicioso adversário. Este homem, de nome Giguet, cujo irmão estava no exército e veio a ser um grande coronel de artilharia, recomendava-se pela sua capacidade como oficial da gendarmaria. Mais tarde, veio a comandar o esquadrão de Aube. O alferes de nome Welff, conduzira outrora Corentin de Cinq-Cygne ao pavilhão, e do pavilhão a Troyes. Pelo caminho, o parisiense dissera quanto basta ao egípcio a respeito daquilo a que ele chamou a velhacaria de Laurence e de Michu. Eis porque estes dois oficiais haviam de mostrar, e de facto mostraram, grande ardor na perseguição aos habitantes de Cinq-Cygne, Malin e Grévin tinham trabalhado ambos, um por conta do outro, no Código chamado de Brumário do ano IV, a obra judicial da Convenção, considerada nacional, promulgada pelo Directório.