Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 22: XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS

Página 249
Ora o Senhor de Talleyrand encontrava-se desde o princípio da noite no palácio de Luynes, e sabia, sem dúvida nenhuma, que Bonaparte estava impossibilitado de conceder o indulto.

- Mas - disse Rastignac a De Marsay -- continuo a não ver que relação tem a Senhora de Cinq-Cygne com tudo isto.

- Ah! o senhor era tão novo, meu caro, que me esquecia da conclusão. Ouviu falar, por certo, no caso do rapto do conde de Gondreville, causa da morte dos dois Simeuse e do irmão mais velho dos Hauteserre, .que, pelo seu casamento com a Menina de Cinq-Cygne, se tomou conde e depois marquês de Cinq-Cygne...

De Marsay, solicitado por várias pessoas que desconheciam este caso, descreveu o processo, dizendo que os cinco desconhecidos eram uns tratantes da polícia geral do Império, encarregados de fazer desaparecer os maços de impressos que o conde de Gondreville viera precisamente queimar quando se convenceu de que o Império estava consolidado.

- Desconfio que Fouché - disse ele - mandou ao mesmo tempo procurar provas da correspondência de Gondreville com Luís XVIII, personagem com quem ele sempre se entendeu, até mesmo durante o Terror. Mas neste pavoroso caso houve paixão da parte do agente principal, ainda hoje vivo, um desses grandes homens subalternos sempre insubstituíveis, e que se tomou célebre com certas espantosas provas de força. Ao que parece a Menina de Cinq-Cygne maltratara-o quando ele viera prender os Simeuse.

Aqui tem, minha senhora, o segredo do caso; está nas suas mãos explicá-lo à marquesa de Cinq-Cygne, e fazer-lhe compreender porque Luís XVIII se calou.

Paris, Janeiro de 1841.

FIM

<< Página Anterior

pág. 249 (Capítulo 22)

Sinopse >>

Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 249

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236