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Capítulo 7: VII - A VISITA DOMICILIARIA

Página 72

- A melhor maneira de os apanhar é preveni-los - disse Peyrade a Corentin. - Na altura em que eles percam a cabeça em que queiram salvar os seus papéis ou fugir, cairemos em cima deles como um corisco. O cordão dos gendarmes, apertando-se em volta do castelo, será como que uma rede. Assim não nos escapa ninguém.

- Você pode mandar-lhes o maire - disse o brigadeiro -, é pessoa complacente; não lhes quer mal, não desconfiarão dele.

Na altura em que Goulard recolhia à cama, Corentin, que mandara parar o cabriolet numa pequena mata, viera dizer-lhe, confidencialmente, que dentro de instantes um agente do governo o iria requisitar para estabelecer um cerco a Cinq-Cygne e deitar a mão aos Senhores de Hauteserre e de Simeuse; que, no caso de eles terem desaparecido, convinha certificar-se se lá teriam dormido na noite anterior, inspeccionar a papelada da Menina de Cinq-Cygne e prender, talvez, os criados e os proprietários do castelo.

- A Menina de Cinq-Cygne - observou Corentin - deve estar protegida por altas personagens, pois recebi a missão secreta de a prevenir desta visita, e de fazer tudo que fosse possível para salvá-la, sem me comprometer. Uma vez em acção, nada poderei fazer, pois não estarei sozinho; por isso é melhor dar um salto ao castelo.

Esta visita do maire àquela hora da noite surpreendeu, tanto mais os jogadores quanto era certo que Goulard se apresentava com uma expressão um tanto ou quanto transtornada.

- Onde está a condessa? - perguntou ele.

- Foi deitar-se - tornou-lhe a Senhora de Hauteserre.

O maire, incrédulo, pôs-se a escutar os ruídos que vinham do primeiro andar.

- Que tem o senhor hoje, Goulard? - inquiriu a Senhora de Hauteserre.

Goulard não cabia em si de espantado, examinando aqueles rostos cheios de uma candura própria de qualquer idade.

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 72

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236