Catarina e o admirável garoto, que neste caso viria a dar muitas provas de inteligência, executaram a manobra de maneira a fazer crer a cada uma das linhas de gendarmes que ia ali a caça que eles procuravam.
A claridade enganadora da lua não i deixava distinguir nem a estatura, nem as roupas, nem o sexo, nem o número daqueles que eram perseguidos. Corriam atrás deles em, virtude desse falso axioma: «É preciso apanhar os que fogem!», cuja tolice em alta polícia acabava de ser energicamente demonstrada por Corentin ao brigadeiro. Michu, que contara com o instinto dos gendarmes, pôde alcançar a floresta alguns instantes depois da jovem condessa, guiada por Marta até ao local indicado.
- Corre ao pavilhão - disse ele a Marta. A floresta deve estar guardada pelos parisienses; é perigoso ficar aqui. Vamos precisar, com certeza, de toda a nossa liberdade.
- Não darei mais um passo - declarou Laurence - sem que o senhor me dê uma prova do interesse que mostra por mim, pois, enfim, o senhor sempre é Michu...
- Menina - tornou-lhe ele, numa voz mansa o meu papel vai ser-lhe explicado em duas palavras. Eu sou, sem que os Senhores de Simeuse o saibam, o guardião da sua fortuna.