Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 114: Peppino

Página 1052

- Para o hotel.

- Casa Pastrini - disse o cicerone ao cocheiro.

E a carruagem partiu rápida, como uma carruagem particular.

Dez minutos mais tarde o barão entrava nos seus aposentos e Peppino instalava-se no banco existente na fachada do hotel, depois de dizer algumas palavras ao ouvido de um dos descendentes de Mário e dos Gracos a que nos referimos no princípio deste Capítulo, o qual descendente tomou o caminho do Capitólio a toda a velocidade das suas pernas.

Danglars estava cansado, satisfeito e ensonado. Deitou-se, meteu a carteira debaixo da almofada e adormeceu.

Peppino tinha tempo de sobra. Jogou à morra com uns facchini, perdeu três escudos e para se consolar bebeu uma garrafa de vinho de Orvieto.

No dia seguinte, Danglars acordou tarde, apesar de se ter deitado cedo. Mas havia cinco ou seis noites que dormia muito mal, quando dormia.

Tomou um abundante pequeno-almoço, e pouco interessado, como dissera, em ver as belezas da cidade eterna, pediu os seus cavalos de posta para o meio-dia.

Mas Danglars não contara com as formalidades da polícia nem com a preguiça do homem da posta.

Os cavalos só chegaram às duas horas e o cicerone só voltou com o passaporte visado às três horas.

Os descendentes dos Gracos e de Mário também não faltaram ao bota-fora.

O barão atravessou triunfalmente os grupos, que lhe chamavam Excelência para apanharem um bajocco.

Como Danglars, homem popularíssimo, como sabemos, se contentara até ali que o tratassem por barão e ainda não fora tratado por Excelência, este título lisonjeou-o e por isso distribuiu uma dúzia de pauls a toda aquela canalha, mais que disposta, por outros doze pauls, a tratá-lo por Alteza.

- Por que estrada? - perguntou o postilhão em italiano.

- Estrada de Ancona - respondeu o barão.

Mestre Pastrini traduziu a pergunta e a resposta e a carruagem partiu a galope.

Danglars queria, efectivamente, chegar a Veneza, receber aí parte da sua fortuna e, depois de Veneza, alcançar Viena, onde realizaria o resto.

A sua intenção era fixar-se nesta última cidade, que lhe tinham garantido ser uma cidade de prazeres.

Mal percorreu três léguas na campina de Roma começou a anoitecer. Danglars não esperara partir tão tarde, pois de contrário teria ficado. Assim, perguntou ao postilhão quanto faltava para chegarem à próxima cidade.

- Non capisco - respondeu o postilhão.

Danglars fez um gesto com a cabeça que queria dizer: «Muito bem!»

A carruagem continuou o seu caminho.

«Na primeira posta mandá-lo-ei parar», disse Danglars para consigo.

<< Página Anterior

pág. 1052 (Capítulo 114)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 1052

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069