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Capítulo 34: Aparição

Página 313
Depois, durante o ano, darei mais mil piastras a outra pessoa que conheço e fá-lo-ei evadir da prisão.

- Tem a certeza de não falhar?

- Claro! - respondeu em francês o homem da capa.

- Que disse? - perguntou o trasteveriano.

- Disse, meu caro, que conseguirei mais sozinho com o meu ouro do que você e toda a sua gente com os seus punhais, as suas pistolas, as suas carabinas e os seus bacamartes. Deixe-me portanto agir.

- À vontade! Mas se falhar, estaremos prontos para intervir.

- Estejam prontos para intervir, se isso lhes dá prazer, mas garanto-lhe que obterei o adiamento.

- A execução é depois de amanhã, terça-feira, não se esqueça. Só dispõe do dia de amanhã

- Claro. Mas o dia compõe-se de vinte e quatro horas, cada hora de sessenta minutos e cada minuto de sessenta segundos; e em oitenta e seis mil e quatrocentos segundos fazem-se muitas coisas.

- Se for bem sucedido, Excelência, como o saberemos?

- De uma maneira muito simples. Aluguei as três últimas janelas do Café Rospoli. Se obtiver o adiamento, as duas janelas do canto estarão forradas de damasco amarelo e a do meio estará forrada de damasco branco com uma cruz vermelha.

- Muito bem. E por quem mandará entregar a graça?

- Mande-me um dos seus homens disfarçado de penitente e entregar-lha-ei. Graças ao seu traje, poderá chegar junto do cadafalso e entregar a bula ao chefe da confraria, que a entregará ao carrasco. Entretanto, faça chegar esta notícia a Peppino, não vá morrer de medo ou enlouquecer e fazermos por ele uma despesa inútil.

- Escute Excelência - disse o trasteveriano.

- Sou-lhe muito dedicado e creio que está convencido disto, não é verdade?

- Espero-o, pelo menos.

- Pois bem, se salvar Peppino, será mais do que dedicação no futuro, será obediência.

- Cuidado com o que diz, meu caro! Talvez lho recorde um dia, pois talvez um dia também eu precise de si...

- Nesse caso, Excelência, encontrar-me-á na hora da necessidade, tal estou certo de que o encontraria nessa mesma hora. Então, ainda que estivesse nos confins do mundo, não teria mais do que escrever-me: «Faça isto!» e eu fá-lo-ia, palavra de...

- Caluda! - atalhou o desconhecido. - Ouvi um ruído.

- São turistas que visitam o Coliseu à luz de archotes.

- É inútil que os encontrem juntos. Esses guias denunciantes poderiam reconhecê-lo, e por muito honrosa que seja a sua amizade, meu caro amigo, se nos soubessem ligados como estamos receio muito que semelhante ligação me fizesse perder um bocadinho do meu crédito.

- Portanto, se conseguir o adiamento...

- A janela do meio forrada de damasco com uma cruz vermelha.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 313

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069