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Capítulo 37: As Catacumbas de São Sebastião

Página 363
Aí, o porteiro tentou levantar algumas dificuldades, mas o conde de Monte-Cristo apresentou uma autorização do governador de Roma para entrar na cidade e sair a toda a hora do dia ou da noite. A barreira foi portanto levantada, o porteiro recebeu um luís pelo trabalho e passaram.

A estrada que a carruagem seguia era a antiga Via ápia, toda ladeada de túmulos. De vez em quando, ao luar que começava a brilhar, parecia a Franz ver como que uma sentinela destacar-se de uma ruína Mas imediatamente, a um sinal trocado entre Peppino e a sentinela, esta reentrava na sombra e desaparecia.

Um pouco antes do Circo de Caracala, a carruagem parou, Peppino veio abrir a portinhola e o conde e Franz desceram.

- Dentro de dez minutos chegaremos - disse o conde ao companheiro.

Depois chamou Peppino à parte, deu-lhe uma ordem em voz baixa e Peppino partiu depois de se munir de um archote que tirou da caixa do cupé.

Passaram-se mais cinco minutos, durante os quais Franz viu o pastor meter por um carreirinho no meio das ondulações do terreno que formam o solo revolvido da planície de Roma e desaparecer no meio das altas ervas avermelhadas que parecem ajuba eriçada de algum leão gigantesco.

- Agora, sigamo-lo - disse o conde.

Franz e o conde penetraram por seu turno no mesmo carreiro, que ao fim de cem passos os conduziu por uma vertente íngreme ao fundo de um valezinho.

Não tardaram a ver dois homens a conversar na sombra

- Devemos continuar a avançar ou esperar? - perguntou Franz ao conde.

- Caminhemos. Peppino deve ter prevenido a sentinela da nossa chegada.

Com efeito, um dos homens era Peppino e o outro um bandido colocado em guarda avançada.

Franz e o conde aproximaram-se. O bandido cumprimentou-os.

- Excelência - disse Peppino, dirigindo-se ao conde -, se quiser fazer o favor de me acompanhar, a abertura das catacumbas fica a dois passos daqui

- Está bem - concordou o conde. - Vá à frente.

Com efeito, atrás de um maciço de silvas e no meio de algumas rochas via-se uma abertura pela qual mal cabia um homem.

Peppino foi o primeiro a esgueirar-se através da fenda. Mas mal se davam alguns passos a passagem subterrânea alargava. Então, deteve-se, acendeu o archote e virou-se para ver se o seguiam.

O conde fora o primeiro a penetrar naquela espécie de respiradouro; Franz vinha atrás dele.

O terreno descia suavemente e alargava-se à medida que avançavam. No entanto, Franz e o conde eram ainda obrigados a caminhar curvados e com dificuldade passariam a par.

Percorreram ainda cento e cinquenta passos assim e depois foram detidos pelo grito de «Quem vem lá?»

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 363

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069