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Capítulo 37: As Catacumbas de São Sebastião

Página 368

- E agora, Sr. Conde - disse -, renovo-lhe as minhas desculpas e espero que me não guarde qualquer ressentimento pelo que acaba de acontecer.

- Não, meu caro Vampa - respondeu o conde. - De resto, resgata os seus erros de forma tão galante que quase nos sentimos tentados a agradecer-lhe tê-los cometido.

- Meus senhores - prosseguiu o chefe virando-se para os jovens -, talvez o convite lhes não pareça muito atraente, mas se alguma vez lhes apetecer fazerem-me segunda visita onde quer que esteja serão bem-vindos.

Franz e Albert cumprimentaram. O conde foi o primeiro a sair e Albert seguiu-o. Franz ficou para trás.

- Vossa Excelência tem alguma coisa a pedir-me? - perguntou Vampa, sorrindo.

- Tenho, confesso - respondeu Franz. - gostaria de saber que obra lia com tanta atenção quando chegámos.

- Os Comentários, de César - respondeu o bandido. É o meu livro predilecto.

- Então, não vem? - perguntou Albert.

- Pronto, aqui estou! - respondeu Franz.

E saiu por seu turno do respiradouro.

Deram alguns passos na planície.

- Ah, perdão! - exclamou Albert, voltando para trás - Dá-me licença, capitão? E acendeu o charuto no archote de Vampa.

- Agora, Sr. Conde, o mais depressa possível - pediu. - Tenho uma vontade enorme de ir acabar a noite em casa do duque de Bracciano.

Encontraram a carruagem onde a tinham deixado. O conde disse uma única palavra em árabe a Ali e os cavalos partiram a galope.

Eram precisamente duas horas no relógio de Albert quando os dois amigos entraram na sala de dança.

A sua entrada foi um acontecimento. Mas como vinham juntos, todas as preocupações que pudessem existir acerca de Albert cessaram imediatamente.

- Minha senhora - disse o visconde de Morcerf dirigindo-se à condessa -, ontem teve a bondade de me prometer um galope. Venho um bocadinho tarde pedir o cumprimento dessa graciosa promessa, mas está aqui o meu amigo, que é incapaz de mentir como sabe, que lhe garantirá que a culpa não foi minha.

E como neste momento a música dava o sinal da valsa, Albert passou o braço à roda da cintura da condessa e desapareceu com ela no turbilhão dos dançarinos.

Entretanto, Franz pensava no singular arrepio que percorrera todo o corpo do conde Monte-Cristo no momento em que fora de certo modo obrigado a dar a mão a Albert.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 368

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069