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Capítulo 39: Os convivas

Página 383

- Completos então! - exclamou Beauchamp. - Podemos então almoçar, porque, se me não engano, só esperava mais duas pessoas, não é verdade, Albert?

- Morrel! - murmurou Albert, surpreendido. - Morrel! Quem será?

Mas antes de chegar a qualquer conclusão, o Sr. De Château-Renaud, um simpático rapaz de trinta anos, gentil-homem da cabeça aos pés, isto é, com a figura de Guichee o espírito de um Mortemart, pegara na mão de Albert e dizia-lhe:

- Permita-me, meu caro, que lhe apresente o Sr. Capitão de Sipaios Maximilien Morrel, meu amigo e meu salvador. Aliás, o homem apresenta-se bastante bem por si mesmo. Cumprimente o meu herói, visconde.

E afastou-se para deixar ver o alto e nobre rapaz de testa ampla, olhar penetrante e bigodes negros, que os nossos leitores se lembram de ter visto em Marselha numa circunstância bastante dramática para que ainda a não tenham esquecido. Um rico uniforme, meio francês, meio oriental, admiravelmente envergado, salientava-lhe o peito amplo, condecorado com a cruz da Legião de Honra, e a curva audaciosa da cintura. O jovem oficial inclinou-se com elegante delicadeza. Morrel era gracioso em cada um dos seus movimentos porque era forte.

- Senhor - disse Albert com afectuosa cortesia -, o Sr. Barão de Château-Renaud sabia antecipadamente todo o prazer que me proporcionaria apresentando-mo. Uma vez que é um dos seus amigos, seja também dos nossos.

- Óptimo! - declarou Château-Renaud. - E deseje, meu caro visconde, que se a ocasião se proporcionar ele faça por si o que fez por mim.

- Que foi que fez? - perguntou Albert.

- Oh, não vale a pena falar disso! - protestou Morrel. - Este senhor exagera.

- Como, não vale a pena falar disto?! - indignou-se Château-Renaud. - Não vale a pena falar da vida?... Na verdade, o que diz é demasiado filosófico, meu caro Sr. Morrel... Bom, para si, que expõe a vida todos os dias, está bem, mas para mim, que a exponho uma vez por acaso...

- O que vejo de mais claro em tudo isso, barão, é que o Sr. Capitão Morrel lhe salvou a vida.

- Oh, meu Deus, sim, sem dúvida nenhuma! - confirmou Château-Renaud.

- E em que ocasião? - perguntou Beauchamp.

- Beauchamp, meu amigo, bem sabe que morro de fome - atalhou Debray. - Não me venha pois com histórias...

- De acordo - respondeu Beauchamp. - Mas eu não impeço ninguém de se sentar à mesa... Château-Renaud contar-nos-á o que se passou enquanto comemos.

- Meus senhores - interveio Morcerf -, são apenas dez e um quarto, notem bem, e esperamos um último conviva.

- Ah, é verdade, um diplomata! - exclamou Debray.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 383

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069