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Capítulo 41: A apresentação

Página 405

Monte-Cristo deitou um olhar rápido a Albert, como se procurasse uma intenção oculta nas suas palavras; mas era evidente que o rapaz as dissera com toda a simplicidade da sua alma.

- Agora já viu todas as minhas riquezas, Sr. Conde - declarou Albert. - Permita-me que lhas ofereça, por muito indignas que sejam. Faça de conta que está em sua casa e para o pôr ainda mais à vontade queira acompanhar-me aos aposentos do Sr. De Morcerf a quem escrevi de Roma descrevendo o serviço que o senhor me prestou e anunciei a visita que me prometera. Posso dizer-lhe que o conde e a condessa esperam com impaciência que lhes seja permitido agradecer-lhe. Bem sei, Sr. Conde, que é um pouco insensível a todas as coisas e que as cenas familiares não têm muita influência sobre Simbad, o Marinheiro, que já viu outras. No entanto, aceite o que lhe proponho como iniciação na vida parisiense, vida de cortesias, de visitas e de apresentações.

Monte-Cristo inclinou-se para responder. Aceitava a proposta sem entusiasmo nem contrariedade, como uma das convenções da sociedade que todo o homem educado cumpre como um dever.

Albert chamou o criado e ordenou-lhe que fosse prevenir o Sr. e a Sr.ª de Morcerf da próxima chegada do conde de Monte-Cristo.

Albert seguiu-o com o conde.

Na antecâmara do conde via-se por cima da porta que dava para a sala um brasão, que, pelo seu ornato rico e a sua harmonia com a decoração da divisão, indicava a importância que o proprietário do palácio lhe atribuía.

Monte-Cristo deteve-se diante do brasão, que examinou com atenção.

- Em azul sete melras de ouro pousadas em bando. É sem dúvida o brasão da sua família, senhor? - perguntou. - Exceptuando o acontecimento das peças do brasão que me permitem decifrá-lo, sou muito ignorante em matéria heráldica, eu, conde de acaso, fabricado pela Toscana com o auxílio de uma comendadoria de Santo Estêvão, que me teria dispensado de armar em grande senhor se me não tivessem repetido que quando se viaja muito é coisa absolutamente necessária. Porque, enfim, quanto mais não seja para que os funcionários aduaneiros nos não incomodem, é preciso ter qualquer coisa nas portinholas da carruagem. Desculpe-me pois semelhante pergunta.

- Não é de modo algum indiscreto, senhor - respondeu Morcerf com a simplicidade da convicção -, e de facto acertou: são as nossas armas, isto é, as de chefe do meu pai. Mas estão, como vê, ligadas a um brasão de gola e torre de prata, que é do chefe de minha mãe. Pelo lado materno sou espanhol, mas a casa de Morcerf é francesa e até, segundo ouvi dizer, uma das mais antigas do Meio-Dia da França.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 405

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069