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Capítulo 41: A apresentação

Página 410

- Obrigado, minha senhora, e peço-lhe que acredite que não poderia estar-lhe mais reconhecido do que estou pelo seu convite. Mas apeei-me esta manhã à sua porta da minha carruagem de viagem. Como estou instalado em Paris? Ignoro. Onde estou? Mal o sei. Trata-se de uma preocupação superficial, bem sei, mas mesmo assim apreciável.

- Teremos esse prazer outra vez, pelo menos, promete-nos? - pediu a condessa.

Monte-Cristo inclinou-se sem responder, mas o gesto podia passar por um assentimento.

- Então não o retenho mais, senhor - disse a condessa pois não quero que o meu reconhecimento se transforme numa indiscrição ou numa importunidade.

- Meu caro conde - disse Albert -, se me permite, tentarei retribuir-lhe em Paris a sua graciosa cortesia de Roma e pôr o meu cupé à sua disposição até que tenha tempo de adquirir as suas carruagens e os seus cavalos.

- Mil vezes obrigado pela sua gentileza, visconde - agradeceu Monte-Cristo -, mas presumo que o Sr. Bertuccio terá empregado convenientemente as quatro horas e meia que acabo de lhe proporcionar e que encontrarei à porta uma carruagem com os respectivos cavalos.

Albert estava habituado a estas saídas da parte do conde; sabia que era como Nero na busca do impossível e já nada o surpreendia. No entanto, quis ver pessoalmente de que forma as ordens do conde tinham sido cumpridas e acompanhou-o à porta do palácio.

Monte-Cristo não se enganara. Assim que aparecera na antecâmara do conde de Morcerf, um lacaio, o mesmo que em Roma levara a carta do conde aos dois jovens e lhes anunciara a sua visita, correra para fora do peristilo, de forma que ao chegarà escadaria o ilustre viajante encontrou efectivamente a sua carruagem à sua espera.

Era um cupé saído das oficinas de Keller e uma parelha que ainda na véspera Drake recusara vender por dezoito mil francos, conforme sabiam todos os «leões» de Paris.

- Senhor - disse o conde a Albert -, não o convido para me acompanhar a minha casa, porque só lhe poderia mostrar uma casa improvisada, e como sabe tenho, no tocante a improvisações, uma reputação a defender. Conceda-me um dia e prometo-lhe então convidá-lo. Estarei assim mais certo de não faltar às leis da hospitalidade.

- Se me pede um dia, Sr. Conde, posso estar tranquilo; já não será uma casa que me mostrará, será um palácio.

Decididamente, o senhor tem qualquer génio à sua disposição.

- Por favor, deixe que acreditem nisso - pediu Monte-Cristo, pondo o pé no estribo guarnecido de veludo da sua esplêndida carruagem. - Sempre me beneficiará um pouco junto das senhoras.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 410

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069