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Capítulo 54: A alta e a baixa

Página 537

- Demónio, o senhor é um homem tão extraordinário que não me atrevo a responder negativamente.

- Mas pelo menos não podia adivinhar que me convidaria para jantar...

- Oh, quanto a isso é provável.

- Muito hem. Escute, Baptistin: que lhe disse esta manhã quando o chamei ao meu gabinete de trabalho?

- Que mandasse fechar a porta do Sr. Conde assim que dessem cinco horas.

- E depois?

- Então, Sr. Conde... - protestou Albert.

- Não, não, quero absolutamente desembaraçar-me dessa reputação misteriosa que me arranjou, meu caro visconde. É muito difícil fazer eternamente de Manfredo. Quero viver numa casa de vidro. E depois... Continue, Baptistin

- E depois que só receberia o Sr. Major Bartolomeo Cavalcanti e o filho.

- Como ouviu, o Sr. Major Bartolomeo Cavalcanti, um homem da mais velha nobreza italiana e de que Dante se deu ao incómodo de ser o Hozier... Talvez se lembre ou talvez se não lembre, no canto X de O Inferno... Além dele, o filho, um jovem encantador, pouco mais ou menos da sua idade, visconde, que usa o mesmo título que o senhor e faz a sua entrada na sociedade parisiense à sombra dos milhões do pai. O major traz-me esta noite seu filho Andrea, o contino, como dizemos em Itália. Confia-mo. Ajudá-lo-ei, se lhe encontrar algum mérito. E o senhor, ajudar-me-á a mim?

- Sem dúvida! Esse major Cavalcanti é portanto... um velho amigo seu? - perguntou Albert.

- De modo nenhum. É um digno fidalgo, muito delicado, muito modesto, muito discreto, como há muitos em Itália; descendentes de numerosas gerações de velhas famílias. Vi-o várias vezes, quer em Florença, quer em Bolonha, quer em Luca, e ele preveniu-me da sua chegada. Os conhecimentos de viagem são exigentes: exigem de nós, em qualquer parte, a amizade que lhos testemunhámos uma vez por acaso; como se o homem civilizado, que sabe viver uma hora com qualquer pessoa, não tivesse sempre o seu pensamento reservado! Esse bom major Cavalcanti vai rever Paris, que só viu de passagem, durante o Império, quando se foi fazer gelar em Moscovo. Dar-lhe-ei um bom jantar e ele deixar-me-á o filho. Prometer-lhe-ei velar por ele, mas deixá-lo-ei fazer todas as loucuras que lhe apetecer e ficaremos quites.

- Óptimo! - exclamou Albert. - Não há dúvida que o senhor é um precioso mentor. Adeus, pois; estaremos de volta no domingo. A propósito, recebi notícias de Franz.

- Sim? E continua a dar-se bem em Itália? - perguntou Monte-Cristo.

- Penso que sim. Mas sente a sua falta. Diz que o senhor era o sol de Roma e que sem a sua presença o tempo está triste. Não sei até se vai ao ponto de dizer que chove.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 537

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069