- Necessito de si - continuou o conde - para que tudo seja preparado convenientemente. Aquela casa é muito bonita ou pelo menos pode ser muito bonita.
- Seria preciso mudar tudo para se conseguir isso, Sr. Conde, porque o papel das paredes está velho.
- Mude portanto tudo, com uma única excepção: o quarto de damasco vermelho. Esse deixe-o absolutamente tal como está.
Bertuccio inclinou-se.
- Não toque também no jardim. Mas no pátio, por exemplo, faça tudo o que quiser. Até me será agradável que o não possam reconhecer.
- Farei o possível para que o Sr. Conde fique satisfeito. Entretanto, ficaria mais tranquilo se o Sr. Conde me quisesse dizer as suas intenções para o jantar.
- Na verdade, meu caro Sr. Bertuccio - disse o conde - desde que se encontra em Paris acho-o desorientado, medroso... Então já me não conhece?
- Mas, enfim, V. Ex.a poderia dizer-me quem recebe!
- Ainda não sei nada a tal respeito e o senhor também não tem necessidade de o saber. Lúculo janta em casa de Lúculo e mais nada.
Bertuccio inclinou-se e saiu.