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Capítulo 56: Andrea Cavalcanti

Página 552

- Quer dizer que me vou encontrar numa posição... agradável? perguntou o rapaz, com ansiedade.

- Das mais agradáveis, meu caro senhor. Ele concede-lhe cinquenta mil libras de rendimento por ano durante todo o tempo que o senhor estiver em Paris.

- Nesse caso, não ficarei cá para sempre?

- Bom... quem pode adivinhar o futuro? O homem põe e Deus dispõe...

Andrea suspirou.

- Mas enfim, durante todo o tempo que estiver em Paris, desde que nenhuma circunstância me obrigue a afastar de cá, esse dinheiro de que me falava há pouco ser-me-á assegurado.

- Perfeitamente!

- Por meu pai? - perguntou Andrea, com inquietação.

- Sim, mas garantido por Lorde Wilmore, que lhe abriu, a pedido do seu pai, um crédito de cinco mil francos por mês no banco do Sr. Danglars, um dos mais seguros banqueiros de Paris.

- E o meu pai tenciona ficar muito tempo em Paris? – perguntou Andrea, preocupado.

- Apenas uns dias - respondeu Monte-Cristo. - O seu serviço não lhe permite ausentar-se mais de duas ou três semanas.

- Oh, querido pai! - exclamou Andrea, visivelmente encantado com tão pronta partida.

- Por isso - disse Monte-Cristo, simulando enganar-se com o tom daquelas palavras -, por isso, não quero demorar um instante o momento de se reunirem. Está preparado para abraçar o digno Sr. Cavalcanti?

- Decerto não o põe em dúvida, espero...

- Pois bem, entre então nessa sala, meu caro amigo, e encontrará o seu pai, que o espera.

Andrea fez um rasgado cumprimento ao conde e entrou na sala.

O conde seguiu-o com a vista e, assim que o viu desaparecer, carregou numa mola correspondente a um quadro, o qual, afastando-se da moldura, deixava ver a sala através de um interstício habilmente dissimulado.

Andrea fechou a porta atrás de si e avançou para o major, que se levantou assim que ouviu o ruído dos passos que se aproximavam.

- Ah, senhor e querido pai! - disse Andrea em voz alta e de maneira que o conde o ouvisse através da porta fechada. - É de facto o senhor?

- Boas noites, meu querido filho - respondeu gravemente o major.

- Que felicidade tornar a vê-lo depois de tantos anos de separação! - disse Andrea, continuando a olhar para a porta.

- Com efeito, a separação foi longa...

- Não nos abraçamos, senhor? -prosseguiu Andrea.

- Como queiras, meu filho - respondeu o major.

E os dois homens abraçaram-se como os actores se abraçam no Teatro Francês, isto é, passando a cabeça por cima do ombro.

- Eis-nos pois reunidos! - exclamou Andrea.

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pág. 552 (Capítulo 56)

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 552

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069