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Capítulo 70: O baile

Página 662

A condessa mandou Albert ao encontro da Sr.ª Danglars. Albert obedeceu, apresentou à baronesa, a propósito da sua toilette, os devidos cumprimentos e ofereceu-lhe o braço para a conduzir ao lugar que lhe aprouvesse escolher, Albert olhou à sua volta.

- Procura a minha filha? - inquiriu, sorrindo, a baronesa.

- Confesso que sim - respondeu Albert. - Seria capaz de cometer a crueldade de não no-la trazer?

- Tranquilize-se, encontrou Mademoiselle de Villefort e deu-lhe o braço. Olhe, ai vêm atrás de nós, ambas de vestido branco, uma com um ramo de camélias e a outra com um ramo de miosótis. Mas diga-me uma coisa...

- Que procura a senhora por sua vez? - perguntou Albert, sorrindo.

- Não terão esta noite o conde de Monte-Cristo?

- Dezassete! - respondeu Albert.

- Que quer dizer?

- Quero dizer que as coisas vão bem - esclareceu o visconde, rindo - e que a senhora é a décima sétima pessoa que faz a mesma pergunta. Não há dúvida, o conde está bem lançado!... Tenho de o felicitar...

- O senhor responde a toda a gente como a mim?

- Ah, é verdade, não lhe respondi! Sossegue, minha senhora, teremos o homem da moda, pertencemos ao número dos privilegiados.

- Foi ontem à ópera?

- Não.

- Ele estava lá.

- Deveras? E o excentric man teve alguma nova originalidade?

- Pode porventura exibir-se sem isso? Eissler dançava O Diabo Coxo; a princesa grega estava enleada. Depois da cachucha, ele meteu um anel magnífico no pé de um ramo de flores e atirou-o à encantadora bailarina, que no terceiro acto reapareceu em cena, para o distinguir, com o anel no dedo. E a sua princesa grega, também virá?

- Não, tem de ter paciência e privar-se dela, mas a sua situação em, casa do conde não está bem definida.

- Olhe, deixe-me aqui e vá cumprimentar a Sr.ª de Villefort - disse a baronesa. - Adivinho que está ansiosa por lhe falar.

Albert cumprimentou a Sr.ª Danglars e foi ao encontro da Sr.ª de Villefort, que abria a boca à medida que ele se aproximava.

- Aposto - disse Albert, interrompendo-a - que sei o que me vai perguntar...

- Essa agora! - exclamou a Sr.ª de Villefort.

- Se acertar, confessa-mo?

- Confesso.

- Palavra de honra?

- Palavra de honra!

- Ia perguntar-me se o conde de Monte-Cristo já veio ou ainda vem...

- De modo nenhum. Não me ocupo dele neste momento. Ia perguntar-lhe se recebeu notícias do Sr. Franz.

- Recebi, ontem.

- Que lhe dizia?

- Que partia ao mesmo tempo que a sua carta.

- Muito bem. E agora, que me diz do conde?

- O conde virá, fique tranquila.

- Sabe que tem outro nome além do de Monte-Cristo?

- Não, não sabia.

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pág. 662 (Capítulo 70)

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 662

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069