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Capítulo 9: A festa de noivado

Página 70
Correra então a casa de todos os seus amigos, apresentara-se em casa das pessoas de Marselha susceptíveis de possuírem influência, mas já se espalhara o boato de que o rapaz fora preso como agente bonapartista, e como nessa época os mais optimistas consideravam um sonho insensato qualquer tentativa de Napoleão para recuperar o trono, só encontrara por toda a parte frieza, medo ou repúdio e regressara a casa desesperado e reconhecendo que a situação era grave e ninguém podia fazer nada.

Pela sua parte, Caderousse estava deveras inquieto e atormentado.

Em vez de sair, como fizera o Sr. Morrel; em vez de tentar qualquer coisa a favor de Dantès, embora, aliás, nada pudesse fazer por ele, fechara-se em casa com duas garrafas de cássis e procurara afogar a inquietação na embriaguez. Mas no estado de espírito em que se encontrava duas garrafas eram pouquíssimo para o porem inconsciente. Ficara portanto demasiado ébrio para ir buscar mais vinho e insuficientemente embriagado para que a embriaguez lhe extinguisse as recordações, apoiado nos cotovelos diante das duas garrafas vazias postas em cima de uma mesa coxa e vendo dançar, à luz da vela de pavio comprido, todos os espectros que Hoffmann espalhou pelos seus manuscritos húmidos de ponche como uma poalha negra e fantástica.

Só Danglars não estava atormentado nem inquieto. Danglars estava até alegre, pois vingara-se de um inimigo e assegurara a bordo do Pharaon o lugar que temia perder. Danglars era um desses homens calculistas que nascem com uma pena atrás da orelha e um tinteiro no lugar do coração. Neste mundo tudo era para ele subtração ou multiplicação, e um número parecia-lhe muito mais precioso do que um homem, quando esse número podia aumentar o total que o homem podia diminuir. Portanto, Danglars deitara-se à hora habitual e dormia tranquilamente.

Depois de receber a carta do Sr. Salvieux, beijar Renée nas duas faces, beijar a mão da Sr.ª de Saint-Méran e apertar a do marquês, Villefort corria pela estrada de Aix o Tio Dantès morria de dor e inquietação.

Quanto a Edmond, sabemos o que lhe aconteceu.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 70

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069