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Capítulo 74: O jazigo da família Villefort

Página 709
Como sabe, os assuntos da defunta estão perfeitamente em ordem e o seu testamento assegura a Valentine toda a fortuna dos Saint-Mérans. O notário mostrou-me ontem as minutas que permitem redigir definitivamente o contrato de casamento. Pode procurar o notário e pedir-lhe da minha parte que lhe mostre as minutas. O notário é o Sr. Deschamps, Praça Beauvau , Arrabalde de Saint-Honoré.

- Senhor - respondeu Epinay -, este talvez não seja o momento indicado para Mademoiselle Valentine, mergulhada como está na sua dor, pensar num marido. Na verdade, recearia...

- Valentine - interrompeu-o o Sr. de Villefort - não terá mais vivo desejo do que cumprir as últimas vontades da avó. Portanto, os obstáculos não virão desse lado, garanto-lhe.

- Nesse caso, senhor - respondeu Franz -, como também não virão do meu, pode fazer o que entender. Dei a minha palavra e cumpri-la-ei não só com prazer, mas também com felicidade.

- Nesse caso, nada nos detém - disse Villefort. - O contrato deveria ter sido assinado há três dias e portanto encontraremos tudo preparado. Podemos assiná-lo hoje mesmo.

- E o luto? - lembrou Franz, hesitante.

- Sossegue, senhor - prosseguiu Villefort. - Não é hábito em minha casa descurar as conveniências. Mademoiselle de Villefort poderá retirar-se durante os três meses da praxe para a sua propriedade de Saint-Méran. Digo a sua propriedade, porque lhe pertence. Aí, dentro de oito dias, se achar bem, sem barulho, sem dar nas vistas, sem fausto, celebrar-se-á o casamento naquela propriedade. Concluído o casamento, o senhor poderá regressar a Paris, enquanto a sua mulher passará o tempo de luto com a madrasta.

- Como lhe aprouver, senhor - disse Franz.

- Então, queira ter o incómodo de esperar cerca de meia hora prosseguiu Villefort. - Valentine vai descer à sala. Mandarei buscar o Sr. Deschamps, leremos e assinaremos o contrato imediatamente e ainda esta tarde a Sr.ª de Villefort, acompanhará Valentine à sua propriedade, onde daqui a oito dias iremos ter com elas.

- Tenho apenas um pedido a fazer-lhe, senhor - disse Franz.

- Qual?

- Desejo que Albert de Morcerf e Raoul de Château-Renaud estejam presentes a essa assinatura. Como sabe, são minhas testemunhas.

- Meia hora basta para os avisar. Quer ir buscá-los pessoalmente ou deseja mandá-los chamar?

- Prefiro ir eu, senhor.

- Esperá-lo-ei portanto dentro de meia hora, barão, e dentro de meia hora também Valentine estará pronta.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 709

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069