— Está a falar na resposta àquela carta? — Já me decidira. — Absolutamente nada.
— E quanto ao tio?
Fui igualmente peremptório.
— Nada.
—E quanto ao rapazinho?
Ai, sem dúvida que fui maravilhosa.
— Nada.
Mrs. Grose limpou a boca a uma das pontas do avental.
— Nesse caso, pode contar comigo. Nós tratamos do assunto.
— Sim, nós tratamos do assunto — concordei com ardor, ao mesmo tempo que lhe estendia a mão, como se com isso estivesse a selar um pacto.
Ela reteve a minha mão na sua durante alguns instantes; depois, com a outra mão, voltou a erguer a ponta do avental.
— Será que a menina se importava caso tomasse a liberdade. . . ?
— De me dar um beijo? De maneira nenhuma! — Passei os braços em redor daquela boa mulher e, depois de trocarmos um abraço fraternal, senti-me ainda mais resoluta e indignada.