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Capítulo 15: XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV

Página 165
Em todos os processos criminais havia, do juiz para o criminoso e do criminoso para o juiz, partes obscuras; a consciência tinha abismos em que a luz humana só penetrava graças à confissão dos culpados.

Grévin e Lechesneau fizeram um aceno de cabeça em sinal de assentimento, sem por isso deixarem de continuar com os olhos nas trevas que procuravam esclarecer.

-No entanto, o Imperador perdoou-lhes-disse Pigoult a Grévin e à Senhora Marion - e irradiou-os da lista, embora eles tivessem feito parte da última conspiração urdida contra ele!

Lechesneau, sem mais tardança, expediu toda a sua gendarmaria para a floresta e o vale de Cinq-Cygne, fazendo acompanhar Giguet pelo juiz de paz, que, nos termos do Código, se converteu em seu oficial de polícia judiciária auxiliar; encarregou-o de recolher na com una de Cinq-Cygne elementos de investigação, de proceder em caso de necessidade, a todos os interrogatórios, e, para maior diligência. Ditou rapidamente e assinou a ordem de prisão contra Michu, sobre quem as acusações pareciam evidentes. Depois da partida dos gendarmes e do juiz de paz, Lechesneau prosseguiu no importante trabalho das ordens de prisão contra os Simeuse e os Hauteserre. Em harmonia com o Código, estes mandatos deviam conter todas as acusações que pesavam sobre os delinquentes. Giguet e o juiz de paz tão rapidamente se dirigiram para Cinq-Cygne que no caminho encontraram o pessoal do castelo de regresso de Troyes. Detidos e conduzidos a casa do maire, onde foram interrogados, todos eles, ignorando a importância do que diziam, disseram, ingenuamente, terem recebido, na véspera, autorização para passarem o dia em Troyes, A uma interpelação do juiz de paz, todos responderam igualmente que a Menina lhes oferecera aquela distracção de moto-próprio, distracção com que eles não contavam.

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 165

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236