Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 7: VII - A VISITA DOMICILIARIA

Página 76
Para maior surpresa da Menina Goujet e com o maior desapontamento de Corentin, o quarto de Laurence estava vazio. Certo de que ninguém poderia fugir nem do parque nem do castelo para o vale, cujas saídas estavam guardadas, Corentin mandou subir um gendarme para cada divisão do castelo, ordenou que revistassem o edifício, as cavalariças, e voltou ao salão, onde já, entretanto, haviam acorrido, alarmadíssimos. Durieu, a mulher e todo o mais pessoal da casa. Peyrade estudava com os seus olhinhos azuis fisionomia por fisionomia, frio e sereno no meio de toda aquela desordem. Quando Corentin voltou a aparecer sozinho, pois a Menina Goujet ficara a prestar os seus cuidados à Senhora de Hauteserre, ouviu-se um ruído de cavalos, à mistura com um choro de criança. Os cavalos entravam pela cancela. No meio da ansiedade geral, um brigadeiro apareceu, empurrando Gothard, de mãos atadas, e Catarina, que conduziu à presença dos agentes.

- Aqui têm dois prisioneiros - disse ele. - Este patife ia a cavalo, e preparava-se para fugir.

- Imbecil! - exclamou Corentin ao ouvido do brigadeiro -, porque é que o não deixou fugir? Algumas coisas viríamos a saber, se fôssemos atrás dele.

Gothard decidira chorar como uma Madalena, fingindo-se idiota. Catarina mantinha-se numa atitude de inocência e de ingenuidade, que muito fez pensar o velho agente. O discípulo de Lenoir, depois de comparar aquelas duas crianças uma com a outra, e de examinar o ar néscio do velho gentil-homem, ,que considerou manhoso, e o espiritual cura, brincando com as fichas, ante a estupefacção de toda aquela gente e dos Durieu, aproximou-se de Corentin e disse-lhe ao ouvido:

- Não estamos a lidar com nenhuns palermas! - Corentin respondeu primeiro, com um olhar que relanceou para a mesa do jogo, e acrescentou: - Jogavam o boston! Estavam a abrir a cama da dona da casa, que fugiu; encontram-se espantados; vamos apertá-los.

<< Página Anterior

pág. 76 (Capítulo 7)

Página Seguinte >>

Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 76

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236