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Capítulo 69: As informações

Página 657

- Onde se encontra?

- Neste momento, em Paris.

- E poderá dar-me informações?

- Preciosas. Esteve na Índia ao mesmo tempo que Zaccone. Sabe onde mora?

- Algures na Chaussée-d'Antin, mas ignoro a rua e o número.

- O senhor tem más relações com esse inglês?

- Estimo Zaccone e ele detesta-o. Não nos damos bem por isso.

- Sr. Abade, acha que o conde de Monte-Cristo esteve alguma vez em França antes da viagem que acaba de fazer a Paris?

- Quanto a isso posso responder-lhe concretamente. Não, senhor, nunca cá esteve, pois dirigiu-se a mim, há seis meses, para obter as informações que desejava. Pela minha parte, como ignorava quando eu próprio regressaria a Paris, recomendei-lhe o Sr. Cavalcanti.

- Andrea?

- Não. Bartolomeo, o pai.

- Muito bem, senhor. Não tenho mais nada a perguntar-lhe, excepto uma coisa, e peço-lhe, em nome da honra, da humanidade e da religião, que me responda francamente.

- Diga, senhor.

- Sabe com que fim o Sr. Conde de Monte-Cristo comprou uma casa em Auteuil?

- Sei, porque ele mo disse.

- Com que fim, senhor?

- Com o de instalar um hospital psiquiátrico no género do fundado pelo barão de Pisani, em Palermo. Conhece esse hospital?

- De nome, senhor.

- É uma instituição magnífica.

E dito isto, o abade cumprimentou o desconhecido como um homem que desejasse dar a entender que se não importaria de voltar ao trabalho interrompido.

O visitante, quer porque tivesse compreendido o desejo do abade, quer porque não tivesse mais perguntas a fazer, levantou-se por seu turno.

O abade acompanhou-o até à porta.

- O senhor dá muitas esmolas - disse o visitante -, mas embora se diga que é rico, atrevo-me a oferecer-lhe qualquer coisa para os seus pobres. Importa-se de aceitar a minha oferenda?

- Obrigado, senhor, mas há apenas uma coisa de que sou cioso no mundo: é que o bem que faça provenha de mim.

- No entanto...

- É uma resolução inabalável. Mas procure, senhor, e encontrará. Infelizmente! No caminho de cada homem rico cruzam-se muitas misérias.

O abade cumprimentou mais uma vez e abriu a porta. O desconhecido cumprimentou por seu turno e saiu.

A carruagem levou-o direito a casa do Sr. de Villefort.

Uma hora mais tarde a carruagem tornou a sair e desta vez dirigiu-se para a Rua Fontaine-Saint- Georges. Parou no n.º 5. Era ali que morava Lorde Wilmore.

O desconhecido escrevera a Lorde Wilmore pedindo-lhe que o recebesse e este marcara o encontro para as dez horas. Por isso, como o enviado do Sr. Prefeito da Polícia chegou às dez horas menos dez minutos, foi-lhe respondido que Lorde Wilmore, que era a exactidão e a pontualidade em pessoa ainda não chegara, mas que chegaria sem dúvida ao bater as dez.

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Capa do livro O Conde de Monte Cristo
Páginas: 1080
Página atual: 657

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Marselha - A Chegada 1
O pai e o filho 8
Os Catalães 14
A Conspiração 23
O banquete de noivado 28
O substituto do Procurador Régio 38
O interrogatório 47
O Castelo de If 57
A festa de noivado 66
Os Cem Dias 89
O número 34 e o número 27 106
Um sábio italiano 120
A cela do abade 128
O Tesouro 143
O terceiro ataque 153
O cemitério do Castelo de If 162
A Ilha de Tiboulen 167
Os contrabandistas 178
A ilha de Monte-Cristo 185
Deslumbramento 192
O desconhecido 200
A Estalagem da Ponte do Gard 206
O relato 217
Os registos das prisões 228
Acasa Morrel 233
O 5 de Stembro 244
Itália - Simbad, o marinheiro 257
Despertar 278
Bandidos Romanos 283
Aparição 309
A Mazzolata 327
O Carnaval de Roma 340
As Catacumbas de São Sebastião 356
O encontro 369
Os convivas 375
O almoço 392
A apresentação 403
O Sr. Bertuccio 415
A Casa de Auteuil 419
A vendetta 425
A chuva de sangue 444
O crédito ilimitado 454
A parelha pigarça 464
Ideologia 474
Haydée 484
A família Morrel 488
Píramo e Tisbe 496
Toxicologia 505
Roberto, o diabo 519
A alta e a baixa 531
O major Cavalcanti 540
Andrea Cavalcanti 548
O campo de Luzerna 557
O Sr. Noirtier de Villefort 566
O testamento 573
O telégrafo 580
Meios de livrar um jardineiro dos ratos-dos-pomares que lhe comem os pêssegos 588
Os fantasmas 596
O jantar 604
O mendigo 613
Cena conjugal 620
Projetos de casamento 629
No gabinete do Procurador Régio 637
Um baile de Verão 647
As informações 653
O baile 661
O pão e o sal 668
A Sra. de Saint-Méran 672
A promessa 682
O jazigo da família Villefort 705
A ata da sessão 713
Os progressos de Cavalcanti filho 723
Haydée 732
Escrevem-nos de Janina 748
A limonada 762
A acusação 771
O quarto do padeiro reformado 776
O assalto 790
A mão de Deus 801
Beauchamp 806
A viagem 812
O julgamento 822
A provocação 834
O insulto 840
A Noite 848
O duelo 855
A mãe e o filho 865
O suicídio 871
Valentine 879
A confissão 885
O pai e a filha 895
O contrato 903
A estrada da Bélgica 912
A estalagem do sino e da garrafa 917
A lei 928
A aparição 937
Locusta 943
Valentine 948
Maximilien 953
A assinatura de Danglars 961
O Cemitério do Père-lachaise 970
A partilha 981
O covil dos leões 994
O juiz 1001
No tribunal 1009
O libelo acusatório 1014
Expiação 1021
A partida 1028
O passado 1039
Peppino 1049
A ementa de Luigi Vampa 1058
O Perdão 1064
O 5 de Outubro 1069