O Mistério da Estrada de Sintra - Cap. 18: CAPÍTULO VI Pág. 112 / 245

Adoro-o.

Neste momento um ruido estranho tomou o navio.

Percebi uma forte dominação de oscilação, uma resistência contra a vaga. Os movimentos da embarcação já não pareciam inertes. Via-se que ela tinha retomado a sua vitalidade… Então senti o hélice… o hélice! O navio movia-se. Via-se a onda esmigalhada pela proa. Caminhávamos! Eu saltei para a abertura que desce à máquina.

- Que é? perguntei a um oficial que subia.

- Um milagre de Pernester!

Todos tinham corrido. Era uma ansiedade.

O capitão trepou rapidamente pela escada de ferro polida que do interior da máquina sobe ao pavimento do navio.

Estava radiante.

- Imaginem que Pernester…

- Sim, sim, interrompi, mas então?

- Vamos a caminho. Agora sopra, tormenta, sopra! Amanhã estamos em Malta.

- Bravo, Pernester! bravo! gritavam todos.

O grande homem subiu a escada da máquina, ofegante, impassível, vermelho, grave, ainda com a gravata branca do jantar. Esponjou a calva, e disse num tom suave:

- Now, I should enjoy a nice glass of beer…





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