E cantou os derradeiros versos da balada:
Foi-se com trêmulos passos
Na amurada debruçar…
E com as suas mãos antigas
Atirou a taça ao mar!
Junto ao seu corpo real
Estão os pajens a velar
E a taça vai viajando
Por sobre as águas do mar…
De repente Ritmel deu um pequeno grito: descuido, movimento, ou irreprimível impulso de um coração que se revela, Ritmel deixara cair a pequena chávena ao tanque, entre as folhas dos nenúfares.
A condessa ergueu-se, extremamente pálida, apertando com ambas as mãos o coração: e com os olhos marejados de lágrimas, disse para Ritmel:
- O rei de tule ao menos esperou que ela morresse!
Ele desculpava-se banalmente, como se todo o mal fosse perder-se aquela frágil preciosidade de Sévres. A condessa deu-me o braço um pouco trémula, e penetrámos na sala.
Daí a dias foi a catástrofe. Outros que a contem. Eu deponho aqui a minha pena, com a consciência de que ela foi sempre tão digna, quanto a minha intenção foi sincera.