A condessa tinha ficado sentada, e imóvel, calada, penetrada daquela admirável serenidade das coisas, da beleza da luz, do sono da água, dos vivos aromas.
- Não é verdade, disse, que dá vontade de morrer aqui, brandamente, só…
- Só? perguntei eu.
Ela sorriu, com os olhos perdidos na bela decoração do horizonte luminoso.
- Só… disse ela, não!
- Ah! minha rica prima, cuidado! cuidado! observei eu. Começa-se cismando assim vagamente, vem um pequeno sonho bem inocente, acampa no nosso coração, começa, a cava-lo, e depois, querida prima, e depois…
- E depois vai-se jantar, disse o conde que tinha chegado ao pé de nós, radiante por ter apertado a mão de um coronel inglês, e colhido um cato vermelho.
Descemos ao hotel à noite passeávamos no Martilo. Era a hora de recolher; uma fanfarra inglesa tocava uma melopeia melancólica. Ouviu-se no mar um tiro de peça.
- Chegou o paquete da India, disse o nosso guia. E no alto do morro um canhão respondeu com um eco cheio e poderoso.
- Desembarcam, no dia em que chegam, os passageiros? perguntei.
- Os militares quase sempre, senhor. Vão desembarcar lá em baixo, com licença do governador.
Quando pelas 10 horas entrámos, depois de termos passeado ao luar nas esplanadas, sentimos na sala de Club-House, ruido, vozes alegres, estalar de rolhas, toda a feição de uma ceia de homens.